VW Passat: o carro que revolucionou a fabricante no Brasil (Parte 2)
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Para ler a parte 1, clique aqui. Não só uma boa oferta de versões e equipamentos era suficiente para estancar a concorrência do Passat. Assim, para a linha 1979, a Volkswagen brasileira promovia uma estratégia bastante diferente para com o Passat: implantou nele uma frente do próprio Audi 80, de alguns anos antes, mas com uma grade diferente que acomodava o emblema VW. Era esse, inédito no mundo, literalmente um Passat com cara de Audi.
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Na Europa, enquanto isso, ele também era reestilizado, mas ganhava linhas próximas daquelas vistas por aqui só no Santana de 1984. A tal frente de Audi era coisa nossa e de alguns outros países latino-americanos. De linhas quadradas e mais maduras, sua frente recebia faróis retangulares, já com as setas ao lado, no lugar dos redondos, como pedia a modernização do final dos anos 70. As ponteiras (polainas) plásticas tomavam o lugar das metálicas, enquanto na parte traseira havia uma lanterna com nova lente e posicionamento das luzes.
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O interior, mesmo de 1974, foi mantido bem projetado como antes, mas com novidades pontuais, assim como a mecânica composta pelo 1.5 e 1.6, e do câmbio manual de quatro marchas. No Velho Continente já existia como opcional um automático de três velocidades, que nunca foi oferecido no Passat nacional.
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Motores a álcool não demoravam
A partir do início dos anos 80, o mercado brasileiro já era dominado pelos carros movidos a álcool. O pioneiro foi o Fiat 147, mas logo veio também o Passat com seu 1.5 abastecido com o combustível de cana. O 1.6 viria depois, o que “obrigou” a venda de Passat LSE e TS com motor 1.5 a álcool por algum tempo até a chegada do outro, de maior cilindrada. Os propulsores a gasolina permaneciam sem novidades, oferecidos para toda a linha como alternativas “menos novidadeiras” aos movidos com o combustível de cana.
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Na configuração a álcool, nova taxa de compressão, reforço nas tubulações de combustível, além de novo preparo na carburação, os Passat 1.5 desenvolviam pouco menos de 60 cv líquidos. Era uma época que as engenharias automotivas ainda tinham poucas informações do álcool como combustível, e para garantir a durabilidade e confiabilidade do conjunto propulsor, não arriscavam extraindo muita força do motor. Na prática, esses Passat 1.5 a álcool tinham sérios problemas com o fraco desempenho e alto consumo.
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Última grande reestilização em 1982
Seguindo firme e forte e se preparando para a chegada do Santana, que não era nada além de seu sucessor, o Passat sofria mais uma remodelação visual na linha 1983. Aquela seria sua última grande mudança estilística até a saída de linha. Os faróis duplos retangulares (dois externos de luz baixa e dois internos de luz alta), somados a grade inédita, novo parachoque e as luzes de seta que desciam novamente, o médio da VW apostava em linhas ainda mais robustas e maduras.
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Algumas reclamações do modelo eram corrigidas, como a falta de opção de rodas de liga-leve de fábrica (ele ganhava um jogo aro 13 nas versões mais caras), e a posição de alguns componentes internos, como a do rádio, que era realocado do lado direito do painel para o console central.
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Além disso, em tempos de garantir maior eficiência energética, seu tanque de combustível crescia dos limitados 45 para 60 litros. A linha ainda crescia com a chegada da versão GLS, a mais cara com duas portas, que não durou muito tempo pela baixa procura.
Na terceira parte dessa história do Passat, falaremos das versões de exportação para a Nigéria e Iraque, que foram vendidas também no mercado nacional, a chegada do motor MD-270, novo visual, até, finalmente, a estreia dos motores AP (Alta Performance), já no final de vida do Passat. Não perca!