Kombi 1998: Uma “Velha-Senhora” pra lá de estilosa
Hoje vim aqui para falar de mais um VW. Mas não é um VW qualquer: Estamos falando da Kombi, criação do importador holandês Ben Pon, que desenhou seu esboço em um guardanapo em 1949. No Brasil começou a ser montada em 1953 e foi nacionalizada em 1957. Uma curiosidade: o nome Kombi na verdade é uma abreviação, do nome Kombinationsfahrzeug, que numa tradução livre significa “veículo de uso combinado”.
Foi produzida ininterruptamente entre 2 de setembro de 1957 e 18 de dezembro de 2013 no país e saiu de cena por conta da incompatibilidade do modelo com a obrigatoriedade de airbag duplo e freios ABS a partir de 2014.
A história da minha Kombi começa em uma procura por um exemplar digno de ser usado e guardado. Achei o carro em uma loja de São Paulo e estava bem do jeito que eu queria, com excelente procedência, manual, chave cópia e até mesmo um rádio Volksline original, com manual também.
Essa é uma Kombi 1998, ano em que o modelo brasileiro ganha teto alto e injeção eletrônica no motor refrigerado a ar. A Kombi brasileira de 1998 é muito parecida com o modelo alemão de 1968, embora nesta as lanternas traseiras sejam as mesmas da Corujinha, modelo fabricado entre 1957 e 1975 no Brasil.
Falando da minha, existe uma mudança crítica que o meu carro já apresenta: trata-se da frente alemã, na qual os piscas superiores do modelo nacional vão para a parte de baixo do painel frontal e ela ainda traz os sinalizadores laterais da versão americana, funcionais. Essa é uma mudança que exige muita perícia do funileiro para deixar o painel liso e alinhado onde estavam os piscas.
Mas as modificações não param por aí. Na parte externa ainda há a pintura em prata acetinado (não é adesivo, é pintura mesmo), para-choques pintados na cor do carro, faróis de milha Hella, suspensão do Katraka (SP), escape 4×1 da Oriente Escapamentos (SP), rodas, alavanca EMPI, direção elétrica, teto, cintos dianteiros e carpete do Nei da Styllus (SP), bancos em couro. Enfim, um projetão!
A Kombi mantém a mecânica original, de 1600cc, refrigerada a ar. Está baixa, mas não com mangas da suspensão dianteira invertidas, o que a deixa mais bonita, mas com menor ângulo de esterçamento. Sendo assim, em lugares apertados necessita de mais manobras, mas a direção elétrica ajuda. Próximo passo? Que tal um ar-condicionado? Vamos ver.