Ram Rampage: o que esperar da picape nacional? Tamanho, motor, equipamentos e mais
A Stellantis está avançando forte no segmento das picapes: a Strada deve ganhar motor turboflex em breve, enquanto a Titano, no estilo chassi/cabine, será outra boa nova da Fiat. Falando de Peugeot, a Landtrek deverá colocar a marca do leão no segmento de Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10, enquanto a Ram cresce de vento em popa nas vendas.
E, aproveitando o sucesso das 1500, 2500 e 3500, que emplacam cada vez mais, vem aí uma Ram nacional, feita na planta de Goiana (PE), ao lado dos Jeep e da Fiat Toro. E é justamente da Toro que a Rampage, seu nome confirmado, vai derivar: ela usará a plataforma modular SWP 4×4, Small Wide Platform, carroceria monobloco, suspensões independentes nas quatro rodas, quatro freios a disco e por aí vai.
A base moderna e construção como a de carros de passeio, fará dela uma caminhonete nos moldes da Ford Maverick: confortável, com pouco pula-pula, e porte intermediário entre uma Toro e uma Hilux, por exemplo. Portanto, podemos esperar algo com cerca de 5,1 m de comprimento e 1,8 m de altura, superando também os 1,8 m na largura e passando dos 3 metros de distância entre-eixos. A aposta é que, nas versões mais potentes, a Rampage carregará cerca de 1 tonelada.
A nomenclatura das versões de acabamento não deve fugir do padrão das Ram norte-americanas: Big Horn, Laramie, Limited, R/T e a Rebel, das fotos, com visual mais esportivo. Na mecânica, a Rampage estreará no Brasil o motor Hurricane 4, um 2.0 turbo a gasolina com quatro cilindros e injeção direta, que entrega cerca de 265 cv de potência e 40 mkgf de torque, mas virá também com o conhecido 2.0 16v Multijet turbodiesel, que, na picape, terá a configuração do Jeep Commander: 170 cv e 38,7 mkgf.
Para se distanciar da Fiat Toro, a Ram Rampage contará sempre com transmissão automática de 9 marchas, a caixa ZF, e tração 4×4 com reduzida e seletor de tipos de terreno. A transmissão será comandada por um botão giratório no console central, próximo da tecla de acionamento do freio de mão eletromecânico e sistema Auto Hold, também de série.
Seguindo no interior, um dos destaques da nova picape será o acabamento caprichado, bem superior ao de outras picapes do mesmo porte, vários luxos e tecnologias a bordo, como pede o público da marca: painel de instrumentos digital (10,2”), multimídia grande (horizontal), bancos em couro, sistema de ar-condicionado digital automático dual zone, banco com ajustes elétricos, retrovisor interno fotocrômico, ao menos 6 airbags, vários assistentes de condução, faróis e lanternas full LED etc.
Seu nome, Rampage, em inglês significa agitação, algazarra, alvoroço, fuzuê, e não é inédito: entre 1982 e 1984, batizou uma picape monobloco de cabine simples nos EUA. A antiga Rampage, ao contrário do que sugeria seu nome, foi um fracasso e saiu de linha pelas baixas vendas. Alvoroço foi o que ela menos causou, contrariando o sucesso quase garantido dessa nova Rampage 2024: a futura Ram nacional deve agitar não só o segmento das caminhonetes monobloco, como também o de picapes chassi/cabine.
A chegada ao mercado, ou início da pré-venda, não deve demorar, e ainda nesse trimestre (que termina em setembro), a Ram Rampage já estará disponível para venda na rede de concessionárias da marca. Lembrando que a picape já começou a ser fabricada, com direito a visita do atual presidente Lula em sua linha de produção. Preço? Pelo menos R$230 mil, isso pela versão de entrada, a mais em conta.