Mach-E: a esportividade elétrica de um Mustang aliada à avançada tecnologia Ford

O novo crossover esportivo da Ford surpreende sob todos os aspectos: consegue aliar em uma única máquina a tecnologia avançada de carros elétricos, a um design pensado na praticidade e versatilidade, além do conforto interno, mas sem deixar de lado o espírito indomável da grife Mustang, memorável desde os anos 60. Sucesso comprovado nos EUA (já é o segundo elétrico mais vendido de lá), o Mach-E tem apenas dois anos de mercado e hoje já está disponível em mais de 40 países mundo afora!

Todo esse brilho e sucesso são frutos de um trabalho de engenharia e design que concilia tudo aquilo que o consumidor imagina de um esportivo familiar absolutamente inusitado, hoje com concepção única no mercado brasileiro, onde chega por R$486 mil (preço bem mais convidativo até mesmo que o fastback Mach 1 de motor V8), na versão mais refinada e completa GT Performance AWD com alcance estendido. É o primeiro Ford elétrico a ser comercializado na América do Sul. Se comparado aos principais rivais europeus, o Ford Mach-E brilha ainda mais pela relação custo X benefício e proposta inédita. Quase incomparável!

Para receber o prestígio do nome Mustang, o Mach-E tem qualidades irrefutáveis, que unem o melhor de dois mundos: esportividade e praticidade. Para a melhor performance, digna de um Mustang, ele dispõe de dois motores elétricos, um acoplado em cada eixo, o que lhe garante a tração integral e uma distribuição de peso de praticamente 50% dianteiro/50% traseiro, elevando e muito seu nível de equilíbrio e estabilidade, mesmo nas condições mais severas. Através da inteligência eletrônica, o sistema de tração integral divide automaticamente, e de acordo com a demanda, o torque entre as rodas da frente e as de trás, mesmo quando se exige o máximo desempenho.

Ele honra o nome do Mustang com orgulho: além do desempenho de tirar o fôlego, há tração integral e distribuição de peso de quase 50/50 (Foto: Lucca Mendonça)

No total, unindo os dois motores elétricos, são 487 cv de potência (número bastante próximo ao do V8 Mach 1), e um torque na casa dos 88 mkgf, que, por ser produzido por um motor elétrico, vem de imediato, desde as mínimas rotações dos propulsores. Logo na saída já há quase toda a força. Nesse caso, com tamanha força, seus mais de 2.150 kg se tornam imperceptíveis para o piloto, tamanha a rapidez de resposta. Por isso que, oficialmente, ele leva apenas 3,7 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, marca digna de superesportivos mundiais, e não alcançada por muitas grandes marcas de prestígio.

Prova clara que o Mustang elétrico é um dos esportivos mais espertos do mercado mundial, tal qual seu companheiro Mach 1 de motor V8. Dupla de respeito, que inclusive tem seus sobrenomes, Mach, associados a uma medida dimensional de velocidade. Também faz jus ao nome Mach o seu avançado estudo em túneis de vento, aprimorando seu coeficiente de arrasto (Cx) para apenas 0,29, surpreendente para um crossover. Sua frente em cunha, poucos elementos frontais, ausência de maçanetas (trocadas por discretos e modernos botões), e outros elementos de estilo aliados permitiram tal façanha.

E para quem se preocupa com a demanda de energia de um esportivo tão poderoso de dois motores, no caso do Mach-E pode ficar tranquilo. Além do já citado baixo arrasto aerodinâmico, o que melhora a performance diminuindo o consumo, esse crossover esportivo da Ford tem outro poderoso aliado: suas baterias tem grande capacidade de armazenamento, 91 kWh. Ou seja, ele consegue rodar bastante com uma carga completa: quase 380 km pelo ciclo nacional do INMETRO, mais exigente, ou mais de 540 km pelo WLTP europeu. Ajudam muito também o modo de regeneração de energia em frenagem e desacelerações, até o One Pedal, nível máximo de reaproveitamento de energia.

Soluções como a moderna aerodinâmica contribuem também com o alcance generoso. Detalhe para o emblema lateral: Mach-E 4 (referência a tração nas quatro rodas) e X (de “eXtended”, relacionado ao seu alcance estendido) (Foto: Lucca Mendonça)

É como se um carro convencional tivesse um tanque com grande capacidade, podendo rodar bastante sem reabastecer. Além da capacidade generosa, suas baterias tem composto moderno e sistema próprio, e independente, de refrigeração, mantendo sua temperatura na faixa ideal de operação, otimizando sua eficiência. Como curiosidade, quando se ativa a climatização do habitáculo dos passageiros a distância, o que pode ser feito pelo app FordPass, o sistema de refrigeração do powertrain já regula a melhor temperatura para as baterias.

Para o seu lado esportivo, o Mustang Mach-E conta com aprimoramentos importantes para chegar no seu melhor desempenho, como um seletor de modos de condução especial (três diferentes), suspensão independente nas quatro rodas (McPherson na dianteira e multibraço na traseira), poderosos freios a disco ventilado nas quatro rodas (preparados pela italiana Brembo, mesma que fornece para a Fórmula 1), amortecedores ativos MagneRide (amolecem ou endurem, em prol do conforto ou esportividade, de acordo com a situação, tudo de forma automática), e direção com assistência elétrica que varia de acordo com o estilo de condução (pode ficar mais leve ou pesada).

Freios Brembo, amortecedores ativos Magneride, suspensão independente nas quatro rodas: tudo em prol do desempenho (Foto: Ford/divulgação)

Tudo isso está incluso em um carro de linhas fluidas e com DNA que remete muito ao fastback V8 que lhe dá origem. Mas, no caso do crossover, há uma pitada bem maior de praticidade, espaço interno, versatilidade e conforto, sem contar a estrutura reforçada do cockpit, o que lhe garantiu nota máxima nos testes de colisão europeus (Euro NCap) e norte-americanos (IIHS). O melhor de vários mundos!

Cabine une o espírito esportivo do Mustang com a praticidade de um crossover (Foto: Ford/divulgação)

Sua carroceria, com 4,74 m de comprimento, esbanja excelente largura e um surpreendente entre-eixos de quase 3,0 m, favorecendo completamente o espaço interno e a dinâmica geral (com as rodas dispostas mais nos extremos da carroceria, ele tende a ser mais estável nas retas e curvas de alta velocidade). Há um melhor aproveitamento do espaço da cabine, que comporta tranquilamente cinco ocupantes com bônus como o assoalho plano, e do espaço para bagagens, graças ao porta-malas duplo, totalizando mais de 540 litros.

Projeto moderno e arrojado, esse Mach-E traz itens essenciais na vida moderna, especialmente de quem deseja usá-lo no dia a dia, como muitos já fazem mundo afora. Há, por exemplo, uma multimídia de 15,5”, vertical, com interface inédita e GPS nativo, além do painel de instrumentos com 10,2”. Ambos trabalham juntos mostrando ao motorista todas as informações necessárias sobre o carro. No pacote, está presente ainda um sistema de som assinado pela Bang&Olufsen com 560W, bancos dianteiros ergonômicos e com ajustes elétricos, climatização para os dois bancos dianteiros, volante com aquecimento, teto-solar panorâmico com proteção de raios IV e UV, 9 airbags, sistema Park Assist e rodas aro 20 com pneus de baixa resistência ao rolamento (próprios para elétricos).

O pacote de itens de segurança compreende ainda ACC com Stop&Go (piloto automático adaptativo com função anda e para), alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência (frontal e traseira), alerta de tráfego cruzado, alerta de saída de faixa ativo e assistente de manutenção em faixa, assistente de manobras evasivas, monitor de ponto cego, leitor de placas de sinalização, farol alto com função automática, câmeras 360º, entre outros.

Depois de tudo isso, fica claro que o Mustang Mach-E, o primeiro Ford elétrico do Brasil, é hoje um dos mais modernos, práticos e velozes do mercado mundial. O novo Mustang é o que há de mais apurado quando o assunto é tecnologia automotiva de carros elétricos, que une a praticidade e o conforto da família com o desempenho e dinâmica dignos das pistas de competição. Um passo adiante nos carros elétricos.

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Jornalista na área automobilística há 48 anos, trabalhou na revista Quatro Rodas por 10 anos e na Revista Motor Show por 24 anos, de onde foi diretor de redação de 2007 até 2016. Formado em comunicação na Faculdade Cásper Líbero, estudou três anos de engenharia mecânica na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) e no Instituto de Ensino de Engenharia Paulista (IEEP). Como piloto, venceu a Mil Milhas Brasileiras em 1983 e os Mil Quilômetros de Brasília em 2004, além de ter participado em competições de várias categorias do automobilismo brasileiro. Tem 67 anos, é casado e tem três filhos homens, de 20, 31 e 34 anos.