Fiat Fastback: tudo sobre o SUV coupé que chegará em breve

Fotos: reprodução Instagram/@fiatfastback ou divulgação (quando indicado)

O conceito do Fiat Fastback já existe há, pelo menos, quatro anos. Era 2018 quando a marca italiana já apresentava um protótipo que era algo como um SUV coupé da Fiat Toro, demonstrando um claro sonho de entrar naquele segmento que hoje tanto cresceu. O tal protótipo até acabou adiantando algumas linhas da reestilização da Toro na linha 2022, e, claro, recebeu uma enxurrada de elogios pelo design arrojado, agressivo e bastante imponente.

Mas o tempo passou, veio a situação pandêmica do mundo inteiro, a economia se complicou ainda mais e, por um tempo, todos os projetos de novos carros das fabricantes automotivas foram atrasados ou congelados, quando não cancelados. A Fiat manteve o sonho do SUV coupé, e inclusive o colocou na prática, mas com algumas mudanças: ele não seria mais derivado da Toro, mas sim do crossover Pulse e sedan Cronos, ambos compactos.

Plataforma de Pulse e interior mesclado

Da mesma forma, sua plataforma, que seria a modular da picape e do Jeep Renegade, passou a ser a MLA (ModuLar Arquiteture), uma evolução da MP1 de Argo/Cronos, que hoje está no Pulse. O design, antes tão cativante, foi adaptado para se parecer mais com os modelos compactos: recebeu uma frente bastante próxima à do crossover, lateral com elementos do Cronos e uma traseira, estilosa, à lá BMW X4.

Por dentro estão painel, instrumentação e elementos dos Pulse topo de linha com um console central mais refinado, similar ao do Jeep Compass, inclusive acomodando itens como o freio de mão eletromecânico e função Auto Hold. Embora sem flagras que confirmem até o momento, é bastante provável que o futuro lançamento da Fiat compartilhe ainda os bancos com o crossover, enquanto as laterais de porta deverão ser inéditas e mais caprichadas.

Seu nome foi preservado do carro-conceito derivado da Toro de 2018: Fastback, que denomina exatamente os carros com tampa do porta-malas e/ou janela traseira inclinadas, remetendo a um estilo mais esportivo.

Motorização conhecida

O Fastback terá duas opções de motorização e duas de transmissão. O motor de entrada será o 1.0 turboflex de três cilindros (T200) com injeção direta de combustível, que rende 125/130 cv e 20,4 mkgf de torque (gasolina/etanol), enquanto o 1.3 turboflex de quatro cilindros (T270) que já está na Toro e Jeep Renegade/Compass/Commander, com 180/185 cv de potência e 27,5 mkgf de torque (gasolina/etanol), ficará nas versões mais caras.

Para os carros 1.0 turbo, haverá uma transmissão automática do tipo CVT com simulação de sete velocidades, enquanto os 1.3 turbo contarão com a caixa automática convencional Aisin, de seis marchas. Em todos os níveis de acabamento, a tração será dianteira.

Já se sabe, inclusive, os números de consumo divulgados pelo Inmetro para os Fastback 1.0 turbo CVT: com nota B em matéria de eficiência, ele consegue rodar 8,1 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada quando abastecido com etanol, ou 11,3 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada com gasolina. É esperado que o tanque do futuro SUV coupé da Fiat tenha mais capacidade que o de Argo/Cronos e Pulse, atualmente com 47 litros.

Na concepção geral, suas suspensões seguirão aquilo já encontrado no Pulse, mas com algumas melhorias. Na dianteira, esquema McPherson, enquanto a traseira trará eixo de torção. Os freios, assim como no VW Nivus, um de seus concorrentes, serão a disco nas quatro rodas (o Pulse tem discos só na frente). A direção elétrica progressiva também fará parte do pacote.

Versões e equipamentos

Serão ao menos três níveis de acabamento, seguindo parte da nomenclatura do Pulse: Audace T200 (1.0 turbo CVT), Impetus T200 (1.0 turbo CVT) e, uma inédita na gama da marca, Imperius T270 (1.3 turbo AT6). Uma Drive T200, de entrada, também poderá fazer parte do catálogo. Para o futuro, a configuração esportiva Abarth não está descartada, assim como aquela que está próxima da estreia no Pulse.

Nos equipamentos, o modelo certamente terá reforço na segurança, podendo contar com 6 airbags e assistentes de condução (ADAS) desde a versão mais barata. No pacote tecnológico, conjunto óptico em LED, chave presencial, painel de instrumentos digital, ar-condicionado automático e carregador de celular por indução deverão estar na maioria dos níveis de acabamento. Suas rodas serão de 17 ou 18 polegadas, dependendo da versão. Aparentemente o modelo deixa de lado o teto-solar ou teto panorâmico, que não foram vistos em nenhum protótipo.

A paleta de cores do Fastback deverá incluir tons de branco (metálico ou perolizado), preto (metálico), cinza (metálico e sólido), vermelho (metálico) e azul (metálico). Parte dos tons já existe na gama Pulse.

Dimensões e porta-malas

Um tanto maior que um Cronos no comprimento, o Fastback terá algo em torno dos 4,30 m com 2,53 m de entre-eixos (o conceito de 2018 tinha 4,60 m e 2,70 m, respectivamente). Na largura, nada muito diferente do Pulse com seus 1,77 m de largura (é provável que o Fastback ronde os 1,80 m), enquanto na altura podemos esperar algo acima dos 1,60 m. Seu porta-malas, com tampa inteiriça que ergue junto ao vidro traseiro, como no VW Nivus, passará dos 500 litros de capacidade.

Preços e rivais

Ainda que seja um SUV coupé, o Fastback faz parte da categoria de utilitários compactos. Portanto, deverá ficar em uma faixa de preço que incomodará não só queridinhos como Jeep Renegade, Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, VW T-Cross e Honda HR-V nas suas versões intermediárias, mas também baterá de frente com menores como os VW Nivus e Citroën C4 Cactus mais caros.

Para não competir com seu irmão menor Pulse, que hoje praticamente não passa dos R$130 mil, o Fastback deverá começar em uma faixa de preço acima, de cerca de R$135 mil. As configurações mais caras, 1.3 turbo com câmbio automático de 6 marchas, não deverão ficar longe dos R$160 mil. Esses valores, claro, são baseados nas tabelas atuais (agosto/2022), ou seja, provavelmente serão maiores no final do ano, quando a novidade da Fiat chegará realmente ao mercado.