Em 1990, o Uno já estava no seu sexto ano de mercado (lançamento em 1984), acumulava bons números de venda e tinha uma família de modelos completa: a perua Elba, o sedan Premio e a picape/furgão Fiorino. Naquele ano de 1990 foi anunciada a redução de impostos para carros de até 1000 cm³, criada no governo do presidente Fernando Collor, onde se iniciou a era dos carros populares.
Assim, em outubro do mesmo ano chegava o Uno Mille, primeiro carro nacional com motor 1.0, que desenvolvia parcos 48 cv de potência e 7,4 mkgf de torque. De equipamentos de série, quase nada: itens básicos como retrovisor externo direito, servofreio, lavador do para-brisas e bancos dianteiros reclináveis só poderiam ser comprados opcionalmente.
Com direito a mudanças estéticas, nova mecânica e melhorias gerais, o Uno Mille fez tanto sucesso que durou por longos 23 anos, saindo de linha em 2013 apenas por conta da obrigatoriedade de airbag duplo e freios ABS, itens de segurança que ficaram inviáveis de serem adaptados no seu projeto de quase três décadas.