Nova Chevrolet Montana: motores, equipamentos e outros detalhes da futura picape da GM

O nome Montana é bem conceituado no Brasil, já que serviu para a picape do Corsa nacional de segunda geração, um sucesso no seu segmento. Por isso ele foi o escolhido para nomear o próximo grande lançamento da Chevrolet por aqui: uma picape cabine dupla de construção monobloco que vai bater de frente, principalmente, com as versões de entrada da Fiat Toro, mais completas da Strada cabine dupla, além de Renault Oroch e talvez, futuramente, Hyundai Santa Cruz. Na Nova Montana, a cabine dupla será de série e única disponível.

Cabine dupla será única disponível na Montana (Foto: Chevrolet/divulgação)

Mecânica

Derivada diretamente do SUV compacto Tracker, de quem herda a plataforma modular GEM (de Global Emerging Markets, ou Mercados Emergentes Globais), que também está no Onix e Onix Plus, mecanicamente ela também terá muito daquilo já visto nos Chevrolet atuais. Então, o motor mais cotado para a futura picape será o 1.2 turboflex do Tracker Premier, com seus três cilindros em linha e 132/133 cv de potência com 19,4/21,4 mkgf de torque máximo.

Motor 1.2 turboflex é o mais cotado até agora (Foto: Lucca Mendonça)

Na Montana, esse propulsor terá gerenciamento eletrônico exclusivo, o que poderá garantir um pouco mais de potência e torque. Por outro lado, outras opções mais potentes, também turbo, estão sendo especuladas para as versões mais caras, como um 1.2 turbo com injeção direta encontrado nos EUA (cerca de 140 cv), 1.3 turbo oferecido na China (cerca de 165 cv) ou até 1.5 turbo que move o Tracker RS na Ásia (cerca de 185 cv).

Outras opções de motores mais potentes também poderão vir (Foto: Chevrolet/divulgação)

Como boa notícia, a Chevrolet garantiu duas opções de transmissão para a Nova Montana: manual ou automática, ambas com seis marchas. A primeira caixa é aquela que está no Onix/Onix Plus e, até pouco tempo atrás, também no Tracker, enquanto a segunda será a GF6, coringa da marca que equipa boa parte da sua linha no mercado brasileiro.

Aqui fica clara a missão da Chevrolet de incomodar Fiat Strada e Renault Oroch, já que a Fiat Toro não conta mais com opção de câmbio manual, só automático. As únicas certezas é que a Nova Montana será a picape automática mais econômica do Brasil e a picape manual mais rápida nas acelerações, segundo a marca.

Automática, a Nova Montana ganhará no baixo consumo, enquanto manual, terá virtudes no desempenho (Foto: Chevrolet/divulgação)

Tamanho e concepção

Seu porte ficará em um meio-termo entre Oroch (4,71 m de comprimento) e Toro (4,91 m), com algo ao redor dos 4,80 m. Na largura, por derivar diretamente do Tracker, não ficará muito maior: o SUV tem hoje 1,79 m de largura, então podemos esperar um “bônus” de 3 ou 4 cm na picape. Sua distância entre-eixos deverá ser bem próxima dos 2,90 m, também maior que Oroch e menor que Toro. Ela será exatamente uma intermediária na categoria, com grandes chances de isso valer também para medidas de caçamba e capacidade de carga.

Porte intermediário, ainda inédito no Brasil (Foto: Chevrolet/divulgação)

Do Tracker também virá boa parte da cabine, incluindo painel (será quase igual ao da da versão RS asiática), bancos, laterais de porta, multimídia ou instrumentos. Freios a disco na dianteira e tambores na traseira, direção elétrica e suspensões feitas no esquema McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira também serão os mesmos do SUV, mas obviamente com novas calibrações. A Nova Montana dispensará os feixes de molas da Strada ou o conjunto independente nas quatro rodas da Oroch, apostando em algo mais usual.

Concepção mecânica bem similar a do Tracker. Espaço interno será generoso, segundo a Chevrolet (Foto: Chevrolet/divulgação)

Versões e conteúdos

Ainda sem maiores detalhes de versões ou nomenclaturas, a grande aposta é que a novidade comece com a versão LT como opção de entrada, passando pela intermediária LTZ, até chegar na topo de linha Premier. Séries como RS ou Midnight, por exemplo, também são fortes opções para preencher a gama da picape. Estão garantidos os 6 airbags, controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, monitor de pressão dos pneus, ar-condicionado, direção elétrica, volante ajustável em altura e profundidade, conjunto elétrico completo (vidros, travas e retrovisores) e computador de bordo.

Itens como central multimídia de completa, bancos em couro, ar-condicionado digital automático de duas zonas, pacote de conectividades que inclui internet 4G a bordo ou concierge OnStar, rodas de liga-leve aro 17, conjunto óptico full LED ou tecnologias como sistema Park Assist e painel digital, por exemplo, provavelmente estarão presentes nas versões mais caras. As chances de a picape estrear tecnologias inéditas dentre os Chevrolet nacionais são grandes.

Rodas aro 17 nas versões mais caras (Foto: Chevrolet/divulgação)

Quando chega?

Só em 2023, e certamente como linha 2024. A expectativa é ter a Nova Montana disponível para vendas no primeiro trimestre do próximo ano (entre janeiro e março). Sua produção será em São Caetano do Sul (SP), e não em Gravataí (RS), de onde saem Tracker, Onix e Onix Plus atuais. Preços? Ainda é muito cedo para especular, mas, pegando por base a média atual do segmento, não teremos a picape por menos de R$125 mil iniciais, enquanto o valor das versões mais caras dependerá muito de coisas como motorização e equipamentos.

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Com 22 anos, está envolvido com o meio automotivo desde que se conhece por gente através do pai, Douglas Mendonça. Trabalha oficialmente com carros desde os 17 anos, tendo começado em 2019, mas bem antes disso já ajudava o pai com matérias e outros trabalhos envolvendo carros, veículos, motores, mecânica e por aí vai. No Carros&Garagem produz as avaliações, notícias, coberturas de lançamentos, novidades, segredos e outros, além de produzir fotos, manter a estética, cuidar da diagramação e ilustração de todo o conteúdo do site.