(Lançamento) Mercedes-Benz Classe A 2024 muda mecânica com novo visual
Um dos pouquíssimos hatches médios ainda vendidos no Brasil, o tímido Mercedes Classe A recebe novidades na linha 2024. O modelo, muito mais conhecido por sua variante esportiva A45 AMG, passa a ser vendido com uma nova motorização, além de um visual retocado, que inclui mudanças discretas para alinhar o hatch a nova identidade da marca por aqui.
O design muda pouco: há um novo parachoque dianteiro mais agressivo e parecido com o da Classe C, grade redesenhada, e um rearranjo nos faróis em LED. A maior novidade das laterais é um novo jogo de rodas aro 18, mas que lembra bastante o desenho anterior. Na parte traseira estão as lanternas um pouco mudadas, logo acima de um novo parachoque, também mais esportivo e próximo ao da A45. A parte interna foi renovada em detalhes de acabamento, revestimento dos bancos (agora todo em preto e com costuras vermelhas), console central redesenhado e volante inédito.
O aspecto geral mais agressivo faz sentido, afinal, a partir de agora, a Classe A passa a ser vendida em pacote único por aqui: A200 AMG Line, com visual esportivo, só que sem mudanças mecânicas (chamados por aí de “esportivados”). Seu preço, bem salgado, é o mesmo cobrado por SUVs premium da concorrência: R$344.900 sem opcionais disponíveis. A paleta de cores também é inteira “gratuita”, e não tem acréscimos para tons especiais.
A maior reviravolta do Classe A 2024 está na motorização: o 2.0 16v turbo sai de cena, assim como parte do apelo esportivo do hatch. Isso porque agora quem move o Benz é o compacto 1.3 turbo desenvolvido em parceria com a Renault (o mesmo dos nacionais Oroch e Duster). Aqui, esse 1.3 bebe só gasolina, entregando 163 cv de potência e cerca de 27,5 mkgf de torque máximo, com parceria de uma transmissão automatizada de dupla embreagem com 7 velocidades. É a mesma caixa dos modelos 2.0, só que recalibrada.
Além do motor de menor cilindrada, consumo mais comedido e emissões de poluentes reduzidas, o A200 ganha reforço na eletrificação e vira semi-híbrido: ele ganha sistema BSG, uma união de motor de arranque com alternador, que gera força adicional e reduz a carga de trabalho do motor a combustão. Não confunda com um híbrido puro: o Classe A não chega a arrancar somente com a força da eletricidade (mas permite que o 1.3 turbo se desligue com o carro em movimento), nem tampouco pode ser recarregado em tomadas externas, mas há reaproveitamento de energia em frenagens e desacelerações.
Com a nova motorização, a Mercedes fala em 8,2 segundos na prova de 0 a 100 km/h, com velocidade máxima limitada em 225 km/h. Seu tanque continua com os mesmos limitados 43 litros de capacidade (de reserva, 5).
As medidas tecnológicas visam uma evolução mais ecológica e menos prejudicial ao meio-ambiente para o modelo. Até por isso, inclusive, a Mercedes adota uma quantia muito maior de materiais reciclados no interior do hatch reestilizado, como exemplo dos bancos: 65% do revestimento é de reuso, e 85% da estrutura interna e espuma também é oriunda de reciclagem. Aliás, falando neles, os bancos dianteiros passam a ser inteiriços, com apoios de cabeça fixados ao encosto.
O conteúdo de série é praticamente o mesmo do antigo A250 2.0 turbo: a fabricante fala apenas em uma atualização de hardware e software da multimídia e painel de instrumentos digital, aprimoramentos dos comandos de voz do sistema MBUX (dá para comandar várias funções do carro “conversando” com a multimídia), melhoras nas portas USB (incluindo a adoção do padrão C, mais moderno), entre outros pormenores. O hatch traz teto-solar, ar-condicionado digital automático, sistema Park Assist, chave presencial, iluminação ambiente em LED, carregador de celular sem fio, farol alto com comutação automática, assistente de frenagem e mais.
A novidade já está sendo distribuída para a rede de concessionárias Mercedes-Benz de todo o Brasil. A fabricante oferece, para toda sua linha, incluindo o novo A200, 3 anos de garantia sem limite de quilometragem.