(Lançamento) Chevrolet Montana 2023 eleva o nível e aposta no preço
A Chevrolet Montana não é mais aquela picape compacta que, primeiro, derivava do Corsa e depois do Agile. Ela cresceu, apareceu e subiu de nível, passando para uma categoria que briga com Renault Oroch e Fiat Toro, tendo sempre carroceria monobloco com cabine dupla. Mas a GM não perde tempo, por isso vai oferecer versões de entrada para competir também com a queridinha Strada cabine dupla. Mas ela só chega às concessionárias em fevereiro. Por enquanto as versões mais caras LTZ (R$134.490) e Premier (R$140.490) estão em pré-venda. Para efeito de comparação, a Oroch topo de linha não sai por menos de R$145 mil, enquanto a Toro básica começa em R$143 mil.
Virão ainda versões inferiores, possivelmente LT manual e LT automática, que só terão as vendas iniciadas no próximo ano. Por enquanto, a fabricante adianta que a Nova Montana, feita em São Caetano do Sul (SP), une “o conforto e a dirigibilidade de um SUV com a versatilidade e robustez de uma picape”. A novidade tem o mesmo porte de uma Renault Oroch: 4,72 m de comprimento e 1,80 m de largura, mas mostra uma caçamba bem generosa, de 874 litros. Ainda não foram divulgados números sobre sua capacidade de carga, mas a Chevrolet adiantou que será quase metade do próprio peso do carro.
Aliás, é na caçamba que fica um dos principais atrativos da picape. Chamado de Multi Flex, o compartimento aposta em uma proteção maior contra poeira e água (a Chevrolet diz ser a melhor do segmento nesse quesito), e pode ser montada com inúmeros opcionais ou acessórios. Dentre eles há capota marítima, divisores de carga, baús organizadores e até uma capota rígida com comandos elétricos.
Por fora ela aposta no design robusto, inclusive com detalhes em preto brilhante na versão Premier, e estreia, logo depois do Bolt, a nova identidade visual da Chevrolet mundial: luzes frontais bipartidas e grade generosa. Nas versões mais caras há rodas aro 17. O interior, como já havíamos adiantado, traz muito do Tracker RS chinês, mas também se aproxima dos nossos Tracker e Onix, como volante, instrumentos, bancos, laterais de porta e mais.
Mecanicamente ela é um Tracker Premier, já que compartilha com o SUV o motor 1.2 turboflex de três cilindros e 12 válvulas. Na Montana, apesar de calibrações exclusivas, temos os mesmos 132/133 cv de potência e 19,4/21,4 mkgf de torque (gasolina/etanol). Há opções de câmbio manual ou automático, ambos com seis velocidades, dependendo da versão. Freios, direção e suspensões foram readequados e recalibrados, mas mantém a concepção: discos na dianteira e tambores na traseira, assistência elétrica progressiva e McPherson/eixo de torção, respectivamente. Sua base é a GEM.
Na lista de equipamentos mais recheada há seis airbags, faróis full LED com regulagem elétrica de altura, sensores de chuva e crepuscular, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré, chave presencial, ar-condicionado automático digital, tampa da caçamba com aliviador de peso, carregador de celular sem fio, volante regulável em altura e profundidade, sistema concierge OnStar, internet 4G a bordo, bancos em couro ecológico, alerta de ponto-cego, multimídia de 8” etc. Estribos laterais, diferentes tipos de Santo Antônio, extensor de parachoques e faróis de neblina em LED e subwoofer JBL são alguns dos opcionais.
Além do espaço interno que a GM tanto ressalta por ser o maior da categoria, especialmente para pernas e cabeça dos cinco ocupantes, a Nova Montana prova ser econômica, como adiantaram os números do INMETRO: 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada com gasolina e 7,7 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada com etanol. É a mais econômica dentre as picapes flex automáticas do mercado nacional. Com câmbio manual de seis marchas há destaque para os números de aceleração, ainda não divulgados.