Jeep Renegade é o SUV diesel mais barato do Brasil. Descubra se ele vale a compra

Desde 2015, quando chegou ao Brasil, o Renegade faz sua fama: já começou vendendo bem, subiu de preço…continuou vendendo bem, foi reestilizado, e adivinhem…continuou na lista dos SUVs mais vendidos do mercado brasileiro, e assim ele segue até hoje. Mas as queridinhas do público são, sem dúvidas, as versões com motor 1.8 flex de até 139 cv e 19,2 mkgf de torque, que brigam com os demais SUVs compactos do mercado, como Honda HR-V e Hyundai Creta, por exemplo. Mas um dos destaques desse Jeep é que ele também pode ser equipado com um excelente motor 2.0 turbodiesel, rendendo 170 cv e 35,7 mkgf de torque máximo que trabalha junto com uma transmissão automática de 9 marchas da alemã ZF, além de um sistema de tração 4×4 com seletor de terrenos e controle eletrônico de descida. E isso nenhum outro SUV compacto oferece, então o mérito da exclusividade vai pro Renegade.

Esse 2.0 movido a diesel está disponível em três versões: Moab, Longitude (igual ao carro avaliado, visto nas fotos) e a topo de linha Trailhawk. A Moab é inédita, e chegou há cerca de 20 dias com a linha 2021 para ser a porta de entrada dessa mecânica, partindo de pouco menos de R$137 mil. A lista de itens de série é suficiente, mas poderia ser maior: ar-condicionado digital automático dual-zone, central multimídia de 7” com câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, rodas de liga-leve aro 17, faróis de neblina, luzes diurnas (DRL), e controles eletrônicos de estabilidade e tração são os destaques, além obviamente dos triviais conjunto elétrico (vidros, travas e retrovisores), piloto automático, direção com assistência elétrica, computador de bordo, etc.

Na Longitude diesel, que custa R$147 mil, ainda estão presentes os bancos com acabamento parcial em couro, multimídia de bons 8,4” com conexões Android Auto/Apple CarPlay, faróis e lanternas em LED, além das rodas de liga-leve maiores, com aro 18. A topo de linha Trailhawk sai por R$158,3 mil e, além dos itens da Moab e Longitude, traz mais algumas coisas de série: 7 airbags, chave presencial (para destravamento das portas e partida do motor), retrovisor interno eletrocrômico, sensores de chuva e crepuscular, e os adereços externos mais voltados para o off-road.

Sem fugir do assunto da sua mecânica, o Renegade com motor Diesel não desaponta em desempenho: com o torque aparecendo cedo (1.750 rpm), ele responde muito bem ao comando do acelerador, e as arrancadas e ultrapassagens são feitas com facilidade. Segundo dados da Jeep, o 0 a 100 km/h é feito em cerca de 10 segundos e ele alcança os 190 km/h de velocidade máxima. Destaque também para o consumo, que é bem adequado: andando em velocidade de cruzeiro numa rodovia (aproximadamente 120 km/h), já com a nona marcha engatada (abaixo de 110 km/h ele não passa da oitava), os números ficam em torno de 14,5 km/l, nada mal para um SUV de 1.650 kg.

Nos demais, o Jeep também agrada: acabamento interno bem feito e materiais agradáveis ao toque, o rodar é bastante confortável, bom isolamento acústico, motor suave e silencioso (deixando de lado o funcionamento ruidoso característico dos propulsores a diesel), e um bom espaço interno, condizente com o seu tamanho e categoria. Mas um dos maiores problemas do Renegade é, sem dúvidas, o porta-malas de pífios 320 litros (na versão Trailhawk a situação é ainda pior e esse número cai para 273 litros, culpa do estepe de tamanho normal), prejudicando e muito na hora de encher o carro com as tralhas da família pra uma viagem, por exemplo.

No final, independente de tudo, não se encontra nenhum SUV movido a diesel pelos R$136.990 cobrados pelo Renegade diesel na versão de entrada Moab, e ele ainda se gaba por ser o único utilitário compacto com esse tipo de motorização. Vale a compra? Se você precisar estritamente de uma mecânica diesel com tração 4×4 e o item “porta-malas espaçoso” não fazer parte da sua lista de requisitos na hora da compra, sem dúvidas ele é a escolha certa. Mas se o caso for o contrário, o mercado é cheio de concorrentes com motor flex e tração dianteira e, consequentemente, mais baratos. Por isso, eles acabam compensando a mecânica mais “simples” com uma lista de equipamentos bem generosa, como por exemplo VW T-Cross Highline 1.4 TSI por R$118,6 mil, Chevrolet Tracker Premier 1.2 turbo por R$119,5 mil, Nissan Kicks SL Pack Tech 1.6 por R$111,9 mil, entre outros. Não quer nada flex? Vá de Renegade sem pensar duas vezes!

Compartilhar:
Com 22 anos, está envolvido com o meio automotivo desde que se conhece por gente através do pai, Douglas Mendonça. Trabalha oficialmente com carros desde os 17 anos, tendo começado em 2019, mas bem antes disso já ajudava o pai com matérias e outros trabalhos envolvendo carros, veículos, motores, mecânica e por aí vai. No Carros&Garagem produz as avaliações, notícias, coberturas de lançamentos, novidades, segredos e outros, além de produzir fotos, manter a estética, cuidar da diagramação e ilustração de todo o conteúdo do site.