Ford Ranger Raptor: 400 cv de um super desempenho com alta tecnologia

Na Ford Ranger Raptor, o super desempenho caminha junto com a alta tecnologia. Nunca no mercado nacional viu-se uma picape com tantas modernidades e soluções interessantes como a da nova versão esportiva da consagrada Ranger. Fruto de um desenvolvimento feito pela Ford Performance, a Ranger Raptor supera o desempenho de qualquer outra picape hoje existente no mercado nacional, e sob todos os aspectos: já imaginaram uma caminhonete de cabine dupla que acelera de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos? E é capaz de transpor rampas de até 45º com relativa facilidade? Esses e outros desafios, ela tira de letra.

Só para que se tenha uma ideia, a linha Raptor foi apresentada inicialmente nos EUA na F150 em 2008, ainda como protótipo esportivo e focado na alta performance em provas de off-road nos desertos, como a famosa Baja 1000, feita nos desertos mexicanos. O carro experimental deu tão certo, entusiasmando tanto, que as primeiras F150 Raptor de série foram chegar às ruas antes de 2010. Sucesso! Em 2018 veio a primeira Ranger Raptor, seguindo os passos da irmã maior. E agora, pela primeira vez, o consumidor brasileiro poderá ter uma Ranger Raptor para chamar de sua, um verdadeiro templo ao off-road, que transpõe quaisquer barreiras, seja na areia ou no barro, com aparatos tecnológicos que deixam para trás qualquer rival.

Linha Raptor da Ford existe desde 2008. E essa Ranger Raptor estreia a grife esportiva da Ford no Brasil (Foto: Ford/divulgação)

É importante ressaltar que a Ford Ranger Raptor vendida no Brasil foi concebida pela divisão Performance a partir do zero, em um projeto separado do das Ranger “normais”. Tudo nela é especial: rodas de liga leve forjadas aro 17, pneus Grabber preparados para trilhas, suspensões dianteira e traseira com bitola mais larga e curso aumentado, amortecedores adaptativos Fox (concebidos para o uso em aventuras), chassi com longarinas reforçadas e maior rigidez torcional, ponto de apoio das molas especialmente concebido para resistir a impactos, sistema de freios e direção refeitos para melhor dirigibilidade.

E, claro, o visual acompanha a nova proposta, com toque totalmente exclusivo, lembrando que a bitola e curso maiores das suspensões obrigaram os técnicos a acertar os paralamas e caixas de rodas para se adequarem ao novo conjunto, que soma-se ainda aos grandes pneus off-road. Para as utilizações mais severas, a super Ranger Raptor é capaz de passar em regiões alagadas com até 85 cm de água, graças a vedações exclusivas da mecânica/eletrônica.

Há maior altura do solo, novo sistema de suspensões, e até bitolas maiores (Foto: Ford/divulgação)

Seus parachoques esportivos, além de deixar a picape mais agressiva, também são funcionais: permitem um ângulo de ataque de até 32º sem raspar no chão, e uma saída de até 27º nas mesmas condições. Com a nova Raptor, é possível ainda transpor objetos com mais de 27 cm de altura sem raspar componentes inferiores como cárter, transmissão ou tanque de combustível. Aliás, essas e outras peças são protegidas com chapas moldadas de aço, evitando danos em aventuras fora-de-estrada. Um trabalho minucioso da engenharia Ford.

Um capítulo a parte da Ranger Raptor, importada diretamente da Tailândia, está relacionado ao conjunto motor/câmbio e diferenciais. Debaixo do capô da picapona está um V6 3.0 a gasolina, com configuração não encontrada na grande maioria dos carros e picapes chamados de esportivos: bloco fundido em liga de ferro com alto índice de grafite, dois cabeçotes fundidos em alumínio (um para cada bancada de três cilindros), duplo comando de válvulas variáveis para cada cabeçote, quatro válvulas por cilindro (24 no total), injeção direta de combustível e a superalimentação garantida por dois turbocompressores, fornecendo performance invejável.

V6 de 3.0 litros a gasolina usa dois turbocompressores e beira os 400 cv! (Foto: Ford/divulgação)

São nada menos que 397 cv de potência e torque máximo de brutais 59,4 mkgf, o que garante força suficiente para arrancadas surpreendentes, como a de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos, sem que o motor perca força para vencer subidas das mais íngremes com menores rotações. A associação do motor V6 com o câmbio automático de 10 marchas reescalonado e adequado aos quase 400 cv da Raptor, permite que as quatro rodas tracionem a Ranger esportiva em quaisquer condições de piso.

Graças ao V6 super moderno e as 10 marchas do esperto câmbio automático, a Ranger Raptor tem desempenho de carro esportivo, mas sem perder o lado prático de uma picape (Foto: Ford/divulgação)

Seu sistema, tal qual o das demais Ranger V6, é um 4WD, mas com o bônus da opção da tração traseira selecionável pelo motorista quando não há necessidade de enviar força para as quatro rodas. Assim, é possível rodar com a Ranger Raptor movendo apenas duas das quatro rodas, o que ajuda a reduzir o consumo de combustível e desgaste dos pneus. Falando nisso, a alta tecnologia também se faz presente na hora de poupar gasolina e emitir menos gases poluentes, pontos que a Ranger Raptor não faz nada feio: pelos dados oficiais, são até 10,2 km/l na estrada, o que significa que a picape esportiva pode viajar mais de 830 km com apenas um tanque cheio!

Tração 4WD permite muitas aventuras no fora-de-estrada, e consegue ser eficiente graças ao funcionamento inteligente (Foto: Ford/divulgação)

Outra virtude da Ranger Raptor são os dois diferenciais inéditos com função blocante, trabalhando de acordo com a perda de tração em cada um dos eixos, e corrigindo de forma automática. Aliás, ambos os eixos da Raptor são diferenciados, com maior robustez, além da bitola mais larga. Ainda falando da parte inferior da picape esportiva da Ford, destaque para o escapamento exclusivo com cano duplo, que, graças a um difusor, consegue ter até quatro sons diferentes (silencioso, normal, esportivo e um especial Baja), escolhidos de forma eletrônica pelo motorista, ou seguindo o seletor de modos de condução (esse contempla outras sete configurações).

Parte inferior da Ranger Raptor é inteiramente protegida por chapas de aço moldadas, combinando com a capacidade off-road, ajudada pelos dois diferenciais blocantes (Foto: Ford/divulgação)

Mais esportividade e preparação exclusiva segue em seu interior: como grande destaque, a Ford Ranger Raptor traz bancos dianteiros em formato que se assemelha aos bancos concha de competições, que tem como grande virtude maiores abas laterais e capacidade superior de segurar o corpo nas curvas rápidas. Na Raptor, a espuma utilizada também é especial, e foi desenvolvida para absorver uma parte dos impactos quando o carro salta ou passa por grandes obstáculos, e o que acentua a esportividade da picape é também a forração especial em couro e camurça. Fino!

No conjunto há ainda grafias exclusivas nos instrumentos do painel digital, volante com acabamento esportivo e marcação de centro na parte superior do aro (como em carros de Rallye), acabamento com predominância de tons escuros e detalhes em laranja, sem contar tecnologias exclusivas que só ela tem, a exemplo dos faróis em LED matricial inteligente, sistema de iluminação externa 360º ou câmera off-road na dianteira. Um carro com tudo o que o consumidor de picapes precisa.

A Ford Ranger Raptor não surpreende apenas pela tecnologia e por sua alta performance em qualquer terreno, mas também pode fazer feliz quem imagina valores assustadoramente altos, como o de outras picapes cabine dupla do mercado nacional. Completa, e ainda com diversos acessórios no catálogo, a Ranger Raptor é tabelada em menos R$450 mil, sem perder em praticamente nada para caminhonetes maiores e mais caras vendidas no mercado brasileiro. Mais uma vez, a Ford nos surpreendendo.

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Jornalista na área automobilística há 48 anos, trabalhou na revista Quatro Rodas por 10 anos e na Revista Motor Show por 24 anos, de onde foi diretor de redação de 2007 até 2016. Formado em comunicação na Faculdade Cásper Líbero, estudou três anos de engenharia mecânica na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) e no Instituto de Ensino de Engenharia Paulista (IEEP). Como piloto, venceu a Mil Milhas Brasileiras em 1983 e os Mil Quilômetros de Brasília em 2004, além de ter participado em competições de várias categorias do automobilismo brasileiro. Tem 67 anos, é casado e tem três filhos homens, de 20, 31 e 34 anos.