Ford Ranger FX4 e Storm: duas gigantes que atendem aos seus públicos
Assim como no universo dos carros, o mundo das picapes também tem consumidores para as mais variadas utilizações. Para quem não conhece a sofisticação tecnológica de uma picape, hoje pode-se afirmar tranquilamente que a tecnologia construtiva de um desses robustos veículos chega a impressionar. Eles podem atender aos anseios e necessidades dos mais variados tipos de consumidores.
A Ford tem em sua linha de picapes a robusta e consagrada Ranger, que pode ser adquirida, por exemplo, nas versões FX4 (sigla para FordX4, ou “Ford com tração nas quatro rodas”) e Storm (tradução para “tempestade”). Apesar de compartilharem uma mecânica bastante semelhante e visual aventureiro e robusto, são destinadas a públicos diferentes. As duas são impulsionadas pelo durável motor Duratorq 3.2 de cinco cilindros em linha, turboalimentado a diesel, que gera 200 cv de potência máxima com um torque abundante de 48 mkgf, surgindo forte desde os baixíssimos regimes de rotações.
Esse fato garante uma ótima dirigibilidade para as duas versões, mesmo com carga máxima a bordo. Além do motor, Storm e FX4 compartilham o câmbio automático de 6 marchas com conversor de torque, que permite uma saída convencional de força para o eixo traseiro ou, se necessário, outra simultânea para o eixo dianteiro. Assim, os modelos se tornam 4×4 e podem transpor quaisquer tipos de terrenos, seja com lama, terra ou areia, além de certa imersão na água e, lógico, asfalto.
Com esse recurso da tração nas quatro rodas, tanto a Ford Ranger FX4 quanto a Storm são capazes de atravessar os mais complicados obstáculos, sempre com boa calibração das suspensões, garantindo um meio termo entre conforto e capacidade off-road. E, mesmo assim, atendendo às necessidades e anseios de públicos diferentes. Como?
Apesar do visual invocado nas duas picapes Raça Forte, com direito a faróis e lanternas escurecidos, adesivos especiais pela carroceria, adereços off-road e uma pitada de esportividade nos traços externos, fora a mecânica, chassis e powertrain igualmente confiáveis, FX4 e Storm tem personalidades distintas. Isso é reforçado, principalmente, no design e acabamento.
A Ranger Storm, lançada em 2020, destaca-se pela praticidade de uso. Tudo nela é dedicado ao dia-a-dia. Suas rodas de liga leve aro 17 na cor preta vestem pneus do tipo lameiros, de ótima performance no barro e areia, por exemplo, enquanto as barras de proteção da caçamba, conhecidas por santantônio, são grandes e cobrem praticamente toda a lateral do compartimento. Isso facilita a fixação de cargas e acomodação de objetos, no melhor estilo profissional.
Para-barros, estribo lateral exclusivo e a grade com a inscrição Storm, remetendo àquele visual das Ford Raptor, são outros diferenciais, assim como a iluminação externa com acabamento escurecido e retrovisores/maçanetas anodizados na cor preta. Sua cabine segue a linha da robustez e praticidade sem perder conforto com os bancos em tecido, ar-condicionado, multimídia de 8”, painel de instrumentos com duas telas digitais repleto de informações, sistema de som com leitor de CDs etc. O bom acabamento é de série, assim como vários itens de segurança e comodidade.
É bastante indicada para quem procura algo com visual especial, design invocado, mas prefere praticidade e facilidade para o uso cotidiano, especialmente off-road. É um veículo destinado para uso no campo, por exemplo, onde a Ford Ranger Storm serve como uma ótima ferramenta de trabalho.
Apesar das semelhanças, a Ford oferece outra opção para quem busca uma Ranger diferenciada: a FX4, nomenclatura de muito sucesso que já está há duas décadas no mercado mundial. Aqui no Brasil, a Ranger FX4 foi apresentada em março de 2022 e tem como principal atrativo a sofisticação e o refinamento de uma versão que se aproxima da Limited, topo de linha e mais completa da gama Ford. Mantendo tudo aquilo de bom que está na Storm, como a mecânica impecável, confiabilidade de sobra e o powertrain repleto de virtudes.
Mas, claro, sua sofisticação não se resume ao acabamento. Ela também é notada pelo visual diferenciado, que se inicia pelas rodas de 18” escurecidas, além dos pneus cidade/campo que se adequam em quaisquer pisos (caso necessário, o conjunto lameiro com rodas 17” da Storm é oferecido opcionalmente na FX4), dianteira com grade exclusiva e faróis em LED, e o pacote visual fora de estrada completo (estribos laterais, para-barros, arcos de rodas e santantônio, todos funcionais).
A cabine alia ainda uma pegada mais esportiva, realçada pelos bancos em couro únicos com grafia FX4, volante, alavanca de câmbio/freio de mão e laterais de porta com material premium e costuras vermelhas.
A pitada esporte sem perder conforto também fica clara com o painel acabado em material que simula fibra de carbono, também presente nas portas, ou até na maior oferta de equipamentos de luxo e requinte, como o ar-condicionado digital automático de duas zonas, multimídia com funções exclusivas, retrovisor interno fotocrômico, sensores de chuva e crepuscular ou banco do motorista com ajustes elétricos.
Em resumo, pode-se afirmar que a FX4 é uma Ranger criada para dar conforto e sofisticação para os ocupantes, mas sem perder a valentia e robustez. É um produto ideal para que busca aventura, capacidade off-road, além de muita tecnologia.
Na linha de acessórios, a Ranger oferece uma grande variedade de opções para ambas as versões como snorkel, que facilita a transposição em áreas alagadas em até 800 mm, além de caixas organizadoras da caçamba com 42 litros e chave, engate de reboque, protetor e iluminação da caçamba, soleira em LED, entre outros.
É interessante que veículos basicamente semelhantes e com mecânicas praticamente iguais possam ter personalidades tão distintas. Com a Ranger Storm a Ford atende aos anseios e necessidades dos consumidores que vão utilizar o veículo para uso misto entre trabalho e lazer. Já a FX4 e seu lado esportivo, luxuoso e valente conta com itens de série requisitados, mas sem perder os méritos de uma Ford Ranger turbodiesel 4×4. São parecidas, porém diferentes. Quem sai ganhando é o consumidor.