Renault Sandero: 15 curiosidades do hatch que sai de linha após 15 anos
O nome Sandero está oficialmente aposentado no Brasil. Se o hatch compacto da Renault já vivia na corda bamba há algum tempo, sua única versão sobrevivente (S Edition) saiu de linha e abriu espaço para um produto inédito e tradicional ao mesmo tempo: o Stepway 1.0, que tem visual aventureiro com um conjunto de rodas aro 15 com calotas e motor 999 cm³ de até 82 cv com 10,2 mkgf de torque. Equipado com o trivial e mais um pouco, como os quatro airbags de série, ele custa interessantíssimos R$78 mil. Quase o preço de um Kwid!
O Stepway, que antes fazia parte da linha Sandero, ganhou vida própria em 2019 e hoje tem sua gama de versões e tudo mais. Melhor dizendo, o nome Sandero saiu de linha no Brasil, mas o carro…esse nem tanto, já que carroceria, mecânica e interior são os mesmos para Sandero e Stepway.
Mas para comemorar seu aniversário de 15 anos, completos no último setembro, e, ao mesmo tempo, o fim de linha no mercado nacional, veja 15 curiosidades sobre o hatch da Renault, e também sua família:
1: sucessor do primo do Ford Corcel
Corcel? Renault? Sandero? Pode parecer estranho, mas o Sandero e Logan foram pensados também para sucederem o Dacia Solenza, que esteve em produção até 2003 e nada mais era que o Renault 12 dos anos 60 cheio de plásticas. O Renault 12 era um primo bem próximo do nosso primeiro Ford Corcel, de 1968.
2: concepção à brasileira
Desenvolvido pela Renault e Dacia, a primeira geração do Sandero foi focada no público brasileiro e de outros países sub-desenvolvidos. Aliás, foi o primeiro Renault concebido com ajuda da engenharia tupiniquim.
3: chegou depois do Logan
Parentes, Sandero e Logan são feitos sobre a mesma base, mas o que os diferenciou por um bom tempo foi a estreia, já que o sedan nasceu em 2004 na Romênia e já estava no Brasil no começo de 2007. Quase sempre é o sedan que deriva do hatch, mas nesse caso foi o contrário.
4: estreia brasileira
Outro pioneirismo do Sandero foi sua apresentação: seria o primeiro produto Renault que estreava antes fora da Europa. Poucos sabem, mas o modelo teve seu primeiro lançamento no Brasil em setembro de 2007. Ele só viraria Dacia e chegaria oficialmente ao Velho Continente em 2008.
5: hatch oriundo do sedan
Logan e Sandero são o mesmo carro em diversos aspectos, mas o primeiro é hatch e o segundo sedan. Assim como um Fiat Palio e Siena, ou GM Onix e Prisma, os dois eram irmãos mas só ganharam a mesma cara (interna e externamente) na segunda geração de 2013.
6: primeiro concorrente direto para o VW Fox
Até 2007, o VW Fox, com seu conceito bem diferente de um hatch meio minivan e com carroceria altinha, não tinha rivais diretos. Com a chegada do Sandero, o VW ganhou seu verdadeiro rival tanto em porte, quanto em preço e conteúdo.
7: foi vendido em boa parte do mundo
Produto global que é, o Sandero, seja como Renault ou Dacia, esteve em boa parte do globo. Esteve (ou está) na Europa, Ásia, América Central, América do Sul e até chegou à Oceania com certa presença. Em todos os cantos, vendeu bem.
8: teve motores para dar e vender
Se foi vendido em vários mercados, o carro provavelmente teve diversos motores. O Sandero que o diga: foi movido por propulsores de três ou quatro cilindros, gasolina, flex e diesel de 1.0, 1.2, 1.4, 1.5, 1.6, sem contar o nosso R.S. e seu 2.0.
9: Nunca trocou de plataforma no Brasil
Aquela plataforma B, desenvolvida pela Dacia e Renault, e estreante no Logan no início dos anos 2000, foi a mesma que o Sandero manteve até sua saída de linha no Brasil. Dela também vieram Duster, Oroch, Captur brasileiro e até alguns Lada. Ah, claro, e o Stepway, se você preferir considerá-lo outro carro…
10: formou família
Dessa família do Sandero, que também inclui Logan, vieram criações interessantes como a perua MCV, que tem virtudes também de minivan, além da versão Pick-Up com cara de Logan e até um conceito brasileiro que previa uma picape do Sandero: o Sand’Up. Indo adiante, houve ainda o bizarro Mahindra Vibe, nada mais que um Logan hatch.
11: primeiro Renault automatizado do Brasil
Atrasada, a dupla Sandero e Logan recebia a transmissão automatizada Easy’R como um paliativo de versões automáticas de verdade, coisa que a concorrência já oferecia. A caixa de cinco marchas chegou depois da moda dos automatizados e aqueles foram os primeiros e únicos Renault com esse tipo de transmissão no Brasil.
12: teve versão esportiva raiz
O inesquecível Sandero R.S., que pendurou a chuteira em 2021, foi, sem dúvidas, o hatch da Renault mais interessante que tivemos no Brasil. E era coisa nossa e de mais alguns Hermanos, afinal ele e seus 150 cv não chegaram a ser oferecidos em nenhum outro canto do mundo.
13: sem sucessores
Tirando o Sandero de linha, a Renault por enquanto não tem nada para substituí-lo. Mesmo com o mercado de hatches compactos indo bem, a marca prefere investir nos crossovers e SUVs, tanto é que terá um sucessor para o atual Stepway, mas não para o Sandero.
14: quase 900 mil em circulação
São mais de 891 mil Renault Sandero circulando pelas ruas brasileiras, e a produção nacional, toda vinda de São José dos Pinhais (PR), vai bem além disso. O primeiro milhão da produção do hatch foi batido ainda em 2018.
15: segue na Europa
Se o nome Sandero se despede do mercado nacional, ele segue na Europa como Dacia em um carro totalmente novo (“de cabo a rabo”), que já é feito sobre uma base moderna e tem elementos de design atuais. A atual terceira geração foi apresentada por lá em 2020, e se mantém bem nas vendas.