Peugeot i-Cockpit faz 10 anos: sua história e evolução
Uma das maiores criações dos franceses no mundo do automóvel está fazendo aniversário: é o i-Cockpit dos Peugeot, que agora em 2023 completa 10 anos de produção. Mas esse conceito bem interessante, e moderno até hoje, não foi uma reinvenção da roda: outros carros, como o Honda Civic de oitava geração, já tinham um estilo interno parecido. A Peugeot só aprimorou bem a ideia e a popularizou, digamos assim.
i-Cockpit, mas que bicho é esse? No caso dos Peugeot, é a união de um volante bem pequeno (e geralmente ovalado), painel de instrumentos elevado (visto acima do volante, e não entre os raios como de costume), multimídia em altura próxima a do painel de instrumentos (quase sempre flutuante e voltada ao motorista), além das saídas de ar mais baixas, no andar de baixo da multimídia. Nos Honda, por exemplo, só havia volante redondo pequeno e o velocímetro digital no topo do painel.
A ideia sempre foi ter um estilo de condução mais esportivo e, principalmente, funcional, coisa que nem sempre é prioridade nos carros franceses. Talvez por isso o i-Cockpit tenha dado tão certo. A Peugeot apostou numa melhor condução, segurança e conforto de quem vai ao volante, por isso desde o começo da década passada decidiu implantar o estilo em todos os seus novos carros: desde pequenos como o 208 até grandes como 508 e 5008.
Mas antes de 2013, ano da chegada do Peugeot 208 no Brasil, o escolhido para trazer o i-Cockpit ao mundo, o estilo de construção interna já existia. Ele foi idealizado no conceito SR1, um conversível grande de 2+2 lugares com propulsão híbrida, isso lá no finalzinho de 2009. Em março do ano seguinte, 2010, o SR1 estava no Salão do Automóvel de Genebra, novamente mostrando os primórdios do i-Cockpit. A ideia era basicamente a mesma, mas muito mais lúdica e futurista: era um carro-conceito com ideias de estilos.
Dali em diante o i-Cockpit virou realidade e seguiu sua história: surgiu no 208 entre 2012 e 2013 ainda com instrumentos analógicos e multimídia de 7”, se modernizou em 2016 na segunda geração do 3008 (quando passou a ter também painel de instrumentos digital de 12,3”), ganhou novo volante e tecnologia 3D em 2019 no Novo 208, e, dois anos depois, veio uma nova funcionalidade, o i-Toggle, que permite ao motorista configurar teclas touchscreen para diferentes funções.
Hoje, nos carros maiores da marca, o i-Cockpit já pode ter multimídia abaixo das saídas de ar-condicionado, mas ainda preservando instrumentação elevada e volante oval pequeno.
Segundo a marca, o carro fica não só mais agradável ao dirigir com essa concepção, bem como mais confortável (há menos esforço dos braços graças ao volante pequeno e menos cansaço visual pela instrumentação elevada), mais seguro (o volante de diâmetro reduzido permite manobras mais rápidas e os visores altos desviam menos o olhar do motorista da estrada) e ainda mudam a experiência ao guiar.
A evolução não para por aí, e em carros conceitos atuais a Peugeot já dá mostras do futuro do i-Cockpit, como no Inception mostrado na CES Las Vegas do início do ano. A marca fala em um i-Cockpit do futuro ainda mais revolucionário, intuitivo, moderno e inteligente.