Novo T-Cross 2025: motor, design, preço e tecnologias do próximo lançamento da VW no Brasil

Foto de capa: Leonardo França

Enquanto completa seu quinto ano de vendas no Brasil, o VW T-Cross se prepara para receber novidades. Até porque, desde 2019, o utilitário compacto nunca mudou, a não ser na lista de equipamentos de série e, lógico, na tabela de preços. Ao menos a VW soube trabalhar bem com o que tinha, e, com o tempo, foi adicionando conteúdo e tecnologias no seu SUV: piloto automático adaptativo (ACC), multimídia de 10″ conectada com a internet, ar-condicionado com comandos touch, novo volante e carregador de celular sem fio, por exemplo, foram coisas que ele ganhou enquanto manteve o design original.

Se a estratégia deu certo? Ele se garantiu como SUV mais vendido do Brasil em 2023, superando com folga o vice-líder, e até chegou a comemorar o título de carro mais vendido no varejo há cerca de dois anos, então podemos dizer que sim. Mas as novidades são necessárias, até porque design ainda é um forte argumento de venda no Brasil. Não dá para ficar para trás, por isso, nos próximos meses, o T-Cross 2025, renovado, deve dar as caras.

Design nacional seguirá o mais recente europeu (Foto: VW/divulgação)

Na verdade, ele volta a ficar em sintonia com o que é vendido na Europa desde meados do ano passado: um SUV mais urbano, com menos apliques em plástico preto, frente mais limpa e moderna, seguindo um design próximo ao de irmãos mais novos como o Nivus ou Novo Virtus, e emprestando soluções de maiores como o Taos, a exemplo da grade com um filete de LED interligando os faróis. Outra “troca” na dianteira será dos faróis de neblina por luzes retilíneas em LED, claro que pegando por base as versões mais completas. Os faróis, aliás, terão os fachos baixo e alto também em LED, equipamento presente até mesmo nos Polo de entrada (com exceção do Track).

Lateralmente, nada muito revolucionário além de inéditos jogos de rodas de liga-leve (as calotas plásticas em versões especiais, como a Sense PCD, ainda poderão existir), mas serão mantidos os números de tamanho das bitolas (cerca de 1,51 m) e distância entre-eixos (2,65 m) por exemplo, afinal ele segue feito sobre a mesma plataforma MQB A0. Mudanças mínimas devem ser vistas no comprimento total, altura e largura, mas por conta de detalhes como desenho dos novos parachoques, retrovisores ou rack de teto, por exemplo. É apenas uma reestilização do que já existe, e não um novo projeto.

A parte traseira também ganha novo parachoque, de aparência um pouco mais esportiva, deixando de lado parte do seu aspecto “off-road”. O arranjo das luzes traseiras é outro, embora o formato da lanterna siga praticamente igual, o que inclui o aplique escurecido interligando as duas peças. A novidade é que, em versões mais caras, ele poderá ter uma luz de LED que as interliga, seguindo o mesmo padrão da grade dianteira iluminada. Tampa do porta-malas (bem como seu tamanho interno) e vidro traseiro seguem quase que inalterados.

Internamente, o carro vendido na Europa ostenta um novo painel, similar ao do Taos e afins, que exibe linhas bastante tradicionais e retas, mesmo com posição próxima dos componentes (principalmente no centro, multimídia, saídas de ar e comandos de climatização). No Brasil, a expectativa é que o carro também receba a nova peça, mais atual e com acabamento nitidamente superior. Há inclusive um aplique central em material macio nesse novo painel, dependendo da versão, o que deve amenizar as críticas com relação a qualidade do acabamento do SUV hoje em dia.

Interior europeu ostenta um novo painel, que certamente deverá estar entre nós brasileiros também (Foto: VW/divulgação)

Além de manter o volante atual, que pode ter comandos touch e as teclas do ACC, a multimídia VW Play de 10” manterá seu espaço nas versões mais caras do T-Cross. Não terão mudanças significativas também nos bancos ou laterais de portas, por exemplo, que recebem melhor acabamento e novos apliques, ainda sem revolucionar. A expectativa é que, desde a versão de entrada, o SUV da VW já traga o painel de instrumentos digital de 8” presente no Novo Polo, substituindo o atual conjunto analógico das versões mais em conta. Nas mais caras deve seguir o Active Info Display e suas 10,2”.

Volante e posição básica dos componentes segue quase igual, mas o melhor acabamento e linhas atuais estão presentes (Foto: VW/divulgação)

Mecanicamente, fora poucas recalibrações de suspensão, freios e direção, serão mantidos os motores 1.0 TSI, tricilíndrico turboflex com injeção direta, e seus 116/128 cv de potência com 20,4 mkgf de torque (gasolina/etanol), além do 1.4 TSI, com os mesmos recursos tecnológicos, mas entregando saudáveis 150 cv de potência com 25,5 mkgf de torque (G/E). Câmbio manual está totalmente fora de cogitação para a linha do SUV, por isso, ele trará sempre a competente transmissão automática de seis marchas, sua companheira atual. Não está descartada uma futura versão de entrada com a variação mais fraca do motor 1.0 TSI (até 116 cv e 16,8 mkgf), porém também automática. Por essas e outras, os números de consumo e desempenho do atual T-Cross não devem mudar tanto.

Não há, ainda, muito o que avançar quando o assunto é conteúdo de série, afinal, já hoje, o SUV compacto da VW traz soluções interessantes para o segmento, a exemplo do teto-solar panorâmico, piloto automático adaptativo, alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, alerta de fadiga do motorista, frenagem pós-colisão e por aí vai. Também já estão nele os seis airbags, sensores de chuva e crepuscular, retrovisor interno fotocrômico, bancos em couro, ar digital automático, carregador de celular sem fio, saídas de ar traseiras e freios a disco nas quatro rodas, itens requisitados no segmento. Claro, parte deles hoje só está na versão mais cara Highline, por isso há chances de as configurações de entrada ficarem mais recheadas com tais equipamentos.

Com exceção das chances de inéditos monitores de ponto-cego, alerta de saída de faixa (incluindo o com assistência ativa, ou seja, que corrige sozinho a trajetória), alerta de tráfego cruzado traseiro e de luxos excepcionais, como o ajuste elétrico do banco do motorista (este, muito improvável), não é esperada nenhuma adição extraordinária no conteúdo dos T-Cross vendidos hoje, já bem equipados.

Novidades chegam ainda no primeiro semestre de 2024 (Foto: VW/divulgação)

Sua chegada deverá ser entre abril e junho de 2024, ou seja, ainda dentro do primeiro semestre do ano, enquanto a planta produtiva segue sendo a de São José dos Pinhais, no Paraná. A tendência é que os preços subam (hoje, a linha T-Cross varia entre R$122 mil e R$175 mil), mas, em contrapartida, podem haver surpresas no lançamento, assim como ocorreu com o Novo Polo, que ficou mais em conta, dependendo da versão.

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Com 22 anos, está envolvido com o meio automotivo desde que se conhece por gente através do pai, Douglas Mendonça. Trabalha oficialmente com carros desde os 17 anos, tendo começado em 2019, mas bem antes disso já ajudava o pai com matérias e outros trabalhos envolvendo carros, veículos, motores, mecânica e por aí vai. No Carros&Garagem produz as avaliações, notícias, coberturas de lançamentos, novidades, segredos e outros, além de produzir fotos, manter a estética, cuidar da diagramação e ilustração de todo o conteúdo do site.