(Lançamento) Mercedes amplia linha de elétricos com os enormes SUVs EQE300 e EQS450+
A Mercedes-Benz brasileira não para: ao que tudo indica, a marca mira em ter a linha de elétricos mais diversificada do mercado nacional, e cada vez mais amplia o portfólio de EVs por aqui, sedans ou elétricos. Agora é a vez do EQE300 SUV (não confunda com o EQE300 Sedan, lançado há algum tempo) e do EQS450+, também utilitário, só que maior. Tem elétricos para todos os gostos, preferências, necessidades e bolsos, sem contar os modelos a combustão da marca alemã, que não foram deixados de lado.
O primeiro, e menor, EQE300 SUV chega para fazer companhia ao irmão sedan homônimo, e custa em torno de R$700 mil (R$698.900, pra ser exato). De pequeno, não tem nada: seu porte é próximo ao de um Jeep Grand Cherokee atual, passando dos 4,86 m de comprimento com surpreendentes 3,03 m de entre-eixos. Apesar disso, o SUV é até baixo para seu porte, não chegando a atingir os 1,70 m de altura. As dimensões generosas só são graças a plataforma modular mais moderna da marca, mesma de outros elétricos de dimensões inferiores.
Rival direto de Audi e-tron e BMW iX, o EQE SUV é movido por um motor elétrico traseiro que entrega a força as rodas de trás. O propulsor, do tipo PSM (Permanent Synchronous Motor), não é o rei da potência com seus 245 cv, mas fornece ótimo torque de mais de 55 mkgf, lembrando que inteiro disponível a zero rpm. A Mercedes fala em cerca de 7,5 segundos na aceleração de 0 a 100 km/h e velocidade máxima limitada em 210 km/h.
Além de beneficiar o desempenho, as soluções aerodinâmicas do novo Mercedes ajudam ainda na eficiência energética das boas, resultando em um Cx de apenas 0,25! Com 89 kWh no conjunto de baterias de íon-lítio (formado por dez células individuais), o EQE300 SUV é capaz de rodar 367 km com uma carga pelo ciclo PBEV nacional, embora, pela metodologia europeia WLTP, as medições indicam quase 650 km de alcance. O SUV permite ainda recarga ultrarrápida de 170 kW.
Na configuração única oferecida por aqui, há suspensões independentes nas quatro rodas, modo de condução One Pedal (sem necessidade de usar o pedal do freio, afinal a regeneração de energia freia o SUV o suficiente até parar), além de uma tecnologia que detecta veículos a frente parados no trânsito e semáforo, desacelerando o EQE SUV de forma automática, e regenerando, até a parada completa. Fora isso, o elétrico vem com suspensões a ar de série, rodas traseiras esterçantes em até 10º e pode rebocar até 750 kg.
Dentre os equipamentos de série, kit externo AMG Line com aparatos esportivos, rodas aro 21 com pneus 265/40, multimídia de 12,3”, ajustes do carro por comandos de voz (Olá Mercedes), configuração acústica durante rodagem (pode simular diferentes sons enquanto o carro trafega), conjunto óptico inteiro em LED, faróis inteligentes Digital Light matriciais, câmera 360º, ar-condicionado automático digital, bancos em couro (dianteiros com ajustes elétricos e posição de memória).
Mais: há seletor de modos de condução (Eco, Confort, Sport e Individual), inúmeros assistentes de condução inteligentes, Park Assist, sistema de navegador GPS embutido, head-up display, iluminação ambiente em LED personalizável, retrovisores externos e interno com antiofuscante automático (fotocrômicos), teto-solar panorâmico, sistema de som assinado, carregador de celular sem fio e mais.
Se o EQE SUV já é grande, o EQS450+ é maior: 5,12 m de comprimento, 2,15 m de largura, 3,21 m de entre-eixos, mas baixos 1,72 m de altura. Para efeito de comparação, um Fiat Mobi mede ao redor dos 3,5 m de comprimento, um pouco maior que o entre-eixos desse Mercedes, que, aliás, chama a atenção ainda pelos 645 litros de capacidade do porta-malas. Com esse tamanho todo, o EQS se aproxima do porte de gigantes como Cadillac Escalade e Chevrolet Suburban.
Pela bagatela de R$1 milhão (R$998.900), esse Mercedão leva sete ocupantes (2+3+2) e usa também um motor elétrico traseiro. Mas não há tração integral, embora por esse preço merecesse dois propulsores, um em cada eixo. São 360 cv de potência e cerca de 58 mkgf de torque imediato, responsáveis pela aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 6,7 segundos no EQS450+. A máxima aqui também não passa dos 210 km/h.
Assim como o EQE, o EQS SUV também tem um irmão sedan. No caso da configuração 450+ vendida no Brasil, são mais de 108 kWh de capacidade das baterias de íon-lítio, que podem ser recarregadas em postos ultrarrápidos de até 200 kW. Com tamanha carga, o EQS SUV tem 411 km de alcance quando está com as baterias cheias segundo o ciclo nacional PBEV, número que sobe para até cerca de 780 km no WLTP europeu.
As vantagens do menor EQE SUV também estão no maior EQS, a exemplo das suspensões independentes, roda traseira que esterça até 10º, baixíssimo coeficiente de arrasto, alta capacidade de reboque, modo One Pedal e muitas outras tecnologias embarcadas.
Um dos atrativos do EQS450 são as três telas: instrumentos digitais de 12,3”, multimídia central de 17,7”, além de uma outra tela, para o passageiro dianteiro, que também tem 12,3”. O trio é unido em uma só peça do painel, e evita desatenções do motorista: se o carro detecta que quem dirige está espiando a tela do passageiro, o brilho daquela tela se diminui automaticamente. Há ainda o tradicional sistema de comandos de voz da marca, ativado pela frase “Olá Mercedes”, que recebe algumas funções extras no SUV grande.
O lote de modernidades é composto ainda pelo sistema de som Burmester com função surround 3D e modo de acústica 360º criada pela Dolby, um conceito inédito de filtragem do ar da cabine através de sensores e medidores, rodas aro 21, ar-condicionado automático digital com controle de temperatura traseiro, acabamento interno em couro, Park Assist, câmeras 360º, faróis inteligentes e matriciais, conjunto óptico em LED, navegador GPS embutido, head-up display, carregador de celular sem fio, teto-solar panorâmico, entre outros.
Os dois novos Mercedes elétricos, EQE300 SUV e EQS450+ SUV, são importados diretamente do Alabama (EUA), e suas primeiras unidades chegarão em solo nacional durante o mês de novembro. A dupla já conta com a generosa garantia de fábrica da marca alemã, que oferece cobertura de 10 anos ou 250 mil km para as baterias de tração.