Citroën Basalt será o SUV coupé do C3: versões, equipamentos, desempenho, motor e mais!

O SUV coupé do Citroën C3 vem aí. Seu nome já é oficial: Basalt, remetendo a rocha de origem vulcânica, fugindo do padrão das nomenclaturas para veículos de passeio da marca (C2,C3, C4, C5…). Apesar de aparecer em fotos oficiais apenas como um conceito, quase idêntico ao carro que entrará em produção, o Basalt trará muito dos atuais C3 hatch e C3 Aircross, afinal também deriva da base CMP e encerra a trinca de projetos C-Cubed, estreada pelo hatch C3 em 2022.

Com relação a outros SUVs coupé similares, como VW Nivus e Fiat Fastback, no Basalt é nítida uma linha de cintura mais elevada, bem como o teto alto, que deve garantir mais espaço no habitáculo de passageiros. Seu terceiro volume, aquele “puxadinho” na tampa do porta-malas logo depois do vidro traseiro, não é tão reto e truncado quanto o do carro da VW, por exemplo, nem segue formas arredondadas como o Fastback. A porta dianteira será compartilhada com C3 hatch e C3 Aircross, enquanto a traseira trará formato inédito, acompanhando a caída da traseira coupé.

Foto: Citroën/divulgação

Com frente alta e vincada para passar a impressão de robustez, ele também faz uso dos faróis divididos em dois andares, porém com parachoque dianteiro totalmente novo, que transpira maior refinamento. Ao que tudo indica, virão dos já existentes C3 hatch e Aircross outros elementos, como retrovisores, parabrisas, coluna A reta e verticalizada ou maçanetas. E também o interior: por dentro, o Basalt beberá da mesma fonte dos C3 em produção, o que inclui painel, volante, comandos, bancos, laterais de portas e afins, só que com o acabamento melhorado e maior requinte do Aircross. Ainda assim, no geral, fica clara a fortíssima inspiração no C4 X europeu, de porte maior.

O estilo, similar ao de outros modelos da marca, não nega: seu parentesco com C3 e Aircross será grande, e dos dois trará o sistema de suspensões (McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira), freios (discos ventilados na frente e tambores atrás), e direção (elétrica progressiva), todos integrantes da plataforma modular CMP. Ainda sem tocar no assunto da motorização, é quase certo que teremos o Basalt movido pelo motor 1.0 turboflex de três cilindros, de origem Fiat, que já está também no Aircross e no Peugeot 208, com os mesmos 125/130 cv de potência e 20,4 mkgf de torque (gasolina/etanol), em conjunto com um câmbio automático tipo CVT que simula sete velocidades.

Como o Basalt deve derivar principalmente do Aircross, alguns números deverão ser parecidos nos dois carros, como o da aceleração de 0 a 100 km/h entre 9,5 e 10,0 segundos, velocidade máxima ao redor dos 195 km/h (o SUV coupé leva vantagem nisso por seu melhor perfil aerodinâmico), consumo urbano (um pouco acima dos 7,5 km/l de etanol ou quase 11 km/l de gasolina), e consumo rodoviário (ao redor dos 9 km/l de etanol ou aproximadamente 12,5 km/l de gasolina), em um carro que não tende a ir além dos 1.200 kg.

Claro, há outras especulações sobre a motorização da novidade da Citroën: numa delas, está o improvável uso do motor 1.3 turboflex de 180/185 cv e 27,5 mkgf no SUV coupé, aliado a caixa automática de seis velocidades (a Stellantis criaria assim um rival direto para outro produto seu, o Fiat Fastback T270), e outra especula uma versão mais em conta movida pelo motor 1.3 Firefly de aspiração natural, com seus 98/107 cv de potência e 13,2/13,7 mkgf de torque (gasolina/etanol), permitindo inclusive o uso da transmissão manual de cinco velocidades.

Foto: Citroën/divulgação

Porém, como nos próprios materiais de imprensa a Citroën insiste em chamar o Basalt de “potente e musculoso, com uma postura confiante e sólida na estrada”, também destoaria o uso do pequeno 1.3 Firefly, que, em carros mais pesados, não chega a brilhar quando o assunto é desempenho. Falando em outros adjetivos atribuídos pela marca francesa ao futuro SUV coupé, é importante citar ainda “conforto a bordo incomparável”, “resistência e confiabilidade surpreendentes”, “muito espaço para todos os ocupantes e amplo porta-malas”, ou “elevada distância do solo”.

Foto: Citroën/divulgação

Comparando o Basalt com o C3 hatch, é certo que o coupé terá maior nível de conteúdo de série e tecnologia, sem contar o melhor acabamento interno. Nada de telinha digital de cristal líquido no painel de instrumentos ou só os dois airbags do compacto: a lista de equipamentos do SUV coupé será maior, com direito a instrumentação digital, airbags laterais, piloto automático, apliques texturizados e coloridos no painel, bancos forrados em couro ecológico, entre outros “mimos”. O pacote básico já trará ar-condicionado, direção elétrica, multimídia de 10” com conexões sem fio, vidros, travas e retrovisores elétricos, banco do motorista com ajuste de altura, computador de bordo e mais.

Interior C3 Aircross – ilustrativa (Foto: Citroën/divulgação)

As belas rodas de liga aro 18 que equipam o carro-conceito apresentado talvez possam chegar as unidades de produção em série, porém, ainda assim, há chances dele dispensar faróis e lanternas em LED ou mesmo a antena tipo tubarão presente na unidade amarela das fotos. Seguindo a lógica dos C3 hatch e C3 Aircross, também não é esperado no Basalt muitos recursos eletrônicos de segurança a bordo, como alerta de colisão, frenagem autônoma de emergência ou monitores de ponto-cego. ESP, TC e Hill Holder, esses sim.

Interior C3 Aircross – ilustrativa (Foto: Citroën/divulgação)

O Citroën Basalt não deve ser lançado por agora. A marca confirma apenas sua chegada em 2024, sem especificar a época do ano, porém a aposta é tê-lo a venda entre o terceiro e quarto trimestre, em versões conhecidas: Feel, Feel Pack e Shine Pack, principalmente. Falar em preços ainda é bastante arriscado, mas, levando em conta o preço máximo atingido por um C3 hatch hoje, de R$100 mil, e o que é pedido por outros SUVs coupé parecidos, certamente será um carro de mais de R$105 mil, podendo passar dos R$120 mil nas versões mais caras.

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Com 22 anos, está envolvido com o meio automotivo desde que se conhece por gente através do pai, Douglas Mendonça. Trabalha oficialmente com carros desde os 17 anos, tendo começado em 2019, mas bem antes disso já ajudava o pai com matérias e outros trabalhos envolvendo carros, veículos, motores, mecânica e por aí vai. No Carros&Garagem produz as avaliações, notícias, coberturas de lançamentos, novidades, segredos e outros, além de produzir fotos, manter a estética, cuidar da diagramação e ilustração de todo o conteúdo do site.