Para que serve e como é calculada a aerodinâmica de um carro?

Quem gosta de corridas e acompanha a Fórmula 1, por exemplo, já deve ter ouvido falar muito na tal aerodinâmica, que é fundamental para os carros de pista. No início do século passado, a aerodinâmica de um carro não era nem considerada: por conta das velocidades baixas dos veículos da época, a resistência da carroceria no ar era desprezível.

Mas, com o tempo, os carros evoluíram e essa resistência aerodinâmica passou a ser considerada pelas fabricantes. Tanto é verdade que, nos anos 30, a Chrysler lançou um modelo que chamou de Airflow, onde o desenho da carroceria era repleto de soluções aerodinâmicas, tanto que associavam o novo carro às formas fluídas de um avião nos comerciais da época. Ele foi um sucesso principalmente para quem se interessava nas tecnologias automotivas.

O caminho já estava aberto, e daí todos os fabricantes passaram a se preocupar em fazer carrocerias com menor resistência no ar, e os designers foram se preocupando cada vez mais com a tal aerodinâmica. Para concluir isso é só observar as formas e estilo dos carros a medida que o tempo passou.

Basicamente, resultado final de um bom perfil aerodinâmico é a menor resistência de sua carroceria passando pelo ar. Tanto é que a forma ideal de aerodinâmica é uma gota d’água, pois sua formação é totalmente natural, moldada pela força da natureza. Para isso devemos considerar dois fatores: a área frontal do veículo e o Cx, que é o nome do coeficiente de forma, ou coeficiente aerodinâmico, como é mais conhecido.

A área frontal pode ser calculada matematicamente, considerando a largura e altura da carroceria. Já o Cx exige estudos do veículo em um túnel de vento, que é um ambiente fechado onde o carro é posicionado de frente com um ventilador grande e potente, que tem a força do vento regulada de acordo com a velocidade desejada.

Para calcular o efeito do ar na carroceria, são adicionadas balanças em cada uma das rodas do carro, mostrando a ação da força do vento a cada velocidade na carroceria. Esses túneis de vento podem ser feitos em escala pequena, onde se usa uma miniatura do carro e um ventilador pequeno (mas que obviamente não tem tanta precisão), ou em escala real, onde se utiliza o carro de verdade e um ventilador grande.

As principais vantagens da utilização de um túnel de vento são as análises dos gastos de combustível, a performance em altas velocidades e o conflito entre carro e vento. Com essas informações, a engenharia pode fazer melhorias em pontos específicos do veículo, melhorando o carro como um todo.

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