(#TBT) Citroën DS3 completa 10 anos de Brasil e virou uma ótima opção de usado


Há praticamente 10 anos, mais especificamente em 22 de maio de 2012, a Citroën apresentava o hatch apimentado DS3 no Brasil. Em uma época sem Stellantis, a marca francesa tinha menos infraestrutura por aqui, e, com o DS3, almejava um público específico, o mesmo que comprava os Mini Cooper, Hyundai Veloster ou Audi A1, por exemplo.

O carro, bastante moderno e bem resolvido no design, foi um dos pioneiros no estilo de teto flutuante, inteiro pintado em preto, que contrastava e muito com suas cores chamativas de carroceria. Para o mercado nacional, havia, por exemplo, azul, vermelho e até amarelo, todas metálicas. Ele era feito sobre a plataforma PF1, a mesma do C3, Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus (esses dois vendidos no Brasil até hoje), e tinha sempre duas portas.
Custava R$80 mil iniciais da época, o equivalente a quase R$200 mil nos dias de hoje, e apelava para a esportividade com o 1.6 THP de 165 cv de potência e 24,5 mkgf de torque (o mesmo do 2008 e Cactus, também), aliado a uma caixa manual de 6 velocidades com opção de Overboost. Um foguetinho que andava mais que o Renault Sandero R.S., esportivo legítimo que saiu de linha recentemente.

Além disso, era bem completo: tinha desde ar-condicionado digital até rodas de liga-leve aro 17, mas não era dos mais espaçosos, afinal não passava de um hatch compacto. Como único opcional disponível, o jogo de bancos esportivos em couro legítimo acrescentava quase R$3 mil ao preço final do carro na época, e havia uma série de itens e acessórios para personalização, como emblemas, faixas e adesivos especiais.
Os planos da Citroën para com o DS3 no Brasil não eram muito ambiciosos: pretendiam vender cerca de 250 unidades dele por mês, todas vindas diretamente da França. Assim, sua importação foi mantida por mais ou menos 5 anos, até o começo de 2017, quando oficialmente saiu de linha junto com a linha DS no Brasil. Na época, além dele já existia por aqui o DS4 e DS5.

Nesses cinco anos, o DS3 emplacou pouco menos de 2 mil unidades no mercado nacional (1.817 em circulação até hoje, pelos dados da PUP Consultoria), e até passou por uma reestilização de meia-vida na linha 2015, quando recebeu melhorias no visual e equipamentos. A mecânica, por outro lado, nunca mudou. Nem é preciso falar que a estimativa da Citroën de comercializar os tais 250 carros/mês ficou bem longe da realidade.
Boa opção de usado

O lado bom da história é que o DS3, com todo seu estilo e esportividade, virou uma boa opção no mercado de usados, principalmente pra quem busca um carro diferenciado e quer fugir da mesmice. Algumas carros da estreia, de linha 2013, já são encontradas por menos de R$50 mil, enquanto outros mais novos, 2015 ou 2016, ficam na casa dos R$70 mil. Valores interessantes para um hot-hatch importado de muita personalidade.