(Lançamento) VW T-Cross Extreme chega com pintura fosca pioneira; Nivus Sense de volta


Numa tacada só, durante o evento agro ExpoLondrina 2025, a Volkswagen brasileira aproveitou para lançar três novidades. Nada revolucionário, porém interessante: uma versão topo de linha para o SUV compacto T-Cross (Extreme, emprestada de Saveiro e Amarok), a volta do Nivus Sense (versão “pé-de-boi”) com as mais recentes atualizações do SUV coupé, e uma curiosa modalidade de venda de veículos para produtores rurais (com pagamento em grãos, ao invés de dinheiro).

O T-Cross Extreme chega por R$189 mil para fazer companhia à Saveiro e Amarok, que já dispõe dessa versão no catálogo. Baseada na Highline, ela oferece rodas de liga-leve diamantadas aro 17 com desenho exclusivo (lembra o da Nova Amarok), apliques em laranja no parachoque dianteiro, capas dos retrovisores e maçanetas em preto brilhante, além de teto preto, adesivos laterais nas portas dianteiras e a clássica bússola alusiva à linha Extreme, fixada nas colunas C do SUV. A grade traz a inédita iluminação em LED de ponta a ponta, interligando os faróis, uma novidade no T-Cross.
Por dentro, bancos em couro sintético com gravura “EXTREME” nos encostos dianteiros, costuras em laranja e aplique no centro do painel em um tom verde acinzentado. A tal cor verde acinzentada, aliás, é a mesma Cinza Oliver da carroceria, também oferecida nas picapes Saveiro Extreme e Amarok Extreme. Como diferencial do T-Cross Extreme, para ele existe a opção do acabamento metálico ou fosco, este limitado a 1.700 unidades. A VW comemora que essa nova versão do T-Cross é pioneira: é a primeira de produção em série com pintura fosca de fábrica no Brasil.

A fabricante alemã declarou “inspiração” em outras marcas do grupo que trabalham com pinturas foscas no exterior (Audi, por exemplo), e disse que foram mais de 1.200 horas de trabalho até encontrarem a melhor tonalidade, acabamento e qualidade da cor do SUV. O Cinza Oliver na versão fosca reflete só 20 ou 25% de luz, contra os 100% da versão metálica, segundo a marca.
No mais, o T-Cross Extreme é bastante similar ao Highline, com quem compartilha também a motorização: 1.4 16v turboflex (250 TSI), com 150 cv de potência e 25,5 mkgf de torque com gasolina ou etanol. A transmissão é automática de seis marchas, sempre com tração dianteira. A prova de 0 a 100 km/h demora pouco mais de 8,5 segundos, com máxima ao redor dos 200 km/h. Segundo o INMETRO, o consumo varia entre 8,1 km/l e 9,8 km/l com etanol, ou 11,7 km/l e 14,0 km/l com gasolina (cidade e estrada).
Destaque para a multimídia VW Play de 10” em sua versão Connect, com internet embarcada. Também há ar-condicionado automático digital, freios a disco nas quatro rodas, painel de instrumentos digital de 10,2”, carregador de celular sem fio, retrovisores externos com rebatimento elétrico, sensores de chuva e crepuscular, retrovisor interno fotocrômico, conjunto óptico full LED, piloto automático adaptativo (ACC), alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência e por aí vai. Assistente de manutenção em faixa, monitores de ponto-cego e Park Assist são opcionais num pacote de R$4,2 mil, e o teto-solar panorâmico também pode ser adquirido a parte (R$7,6 mil).

O novo T-Cross Extreme começou a ser vendido ontem, dia 7 de abril, em toda a rede de concessionárias brasileiras da marca. São seis cores na paleta: Branco Puro e Preto Ninja (sólidas), Cinza Platinum, Cinza Ascot e Cinza Oliver (metálica), além da Cinza Oliver Fosca (especial).
Nivus Sense retorna
Além dessa nova versão do T-Cross, quem “renasceu das cinzas” foi o Nivus Sense, configuração mais simples (e barata) do SUV coupé, que era esperada após a reestilização do modelo. A Volks não deu muitos detalhes sobre ela, mas adiantou o preço de R$120 mil, igual ao do T-Cross Sense. Focada no custo X benefício, ela troca as rodas de liga-leve por rodas de aço com calotas escurecidas aro 16, mas, diferente do irmão T-Cross, mantém o rack de teto, maçanetas na cor da carroceria e capas dos retrovisores pintadas. A meta é peitar Fiat Pulse Drive 1.3 CVT e Renault Kardian Evolution AT, seus principais rivais.

Também é de série o volante multifuncional, painel de instrumentos digital com tela de 8”, conjunto óptico em LED, multimídia VW Play de 10”, câmera de ré, 6 airbags, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores com ajustes elétricos e por aí vai. Sob o capô, o mesmo 1.0 turboflex de três cilindros e doze válvulas (200 TSI), rendendo 116/128 cv de potência com 20,4 mkgf de torque (gasolina/etanol), acoplado a transmissão automática de seis marchas. Com etanol, são cerca de 10 segundos no 0 a 100 km/h, e velocidade máxima de 190 km/h. Branco Cristal, Preto Ninja e Cinza Platinum são as três únicas cores disponíveis para ele.

Pagamento com grãos
Outra boa nova é a parceria da Volkswagen brasileira com a plataforma Grão Direto, a maior para comercialização de grãos na América Latina. Através desse “acordo”, passa a ser possível, aos produtores rurais, o pagamento de carros 0 km de marca com grãos. A modalidade já existe em outras categorias fora do meio automotivo, e é conhecida como “barter”. A fabricante deu como exemplo o lançamento T-Cross Extreme: seu preço de tabela, R$188.990, equivale a exatamente 1.529 sacas de soja, seguindo cotação do último dia 3 de abril.