(Lançamento) Nova Mitsubishi Triton abandona nome “L200” e já está em 2026
Novembro de 2024, mas para a HPE, responsável pela Mitsubishi no Brasil, já é 2026: esse é o ano-modelo de lançamento da nova geração da picape Triton, a sexta, que abandona o tão tradicional nome L200. Vendida sempre com cabine dupla, ela já está em fase de produção na planta de Catalão (GO), deve ter a pré-venda iniciada em dezembro e as primeiras unidades chegam nas 128 concessionárias nacionais da Mitsubishi em janeiro de 2025. Esse, talvez, seja o mote para enquadrá-la como modelo 2026.
São seis versões, algumas inclusive com preço inferior ao da geração anterior, segundo a Mitsubishi: a GL (R$250 mil com câmbio manual ou R$260 mil automática) é destinada para frotistas e vendas diretas, seguida da GLS automática de R$266 mil, HPE automática de R$285 mil, HPE-S automática de R$315 mil, até chegar na inédita Katana, nova topo de linha com proposta mais esportiva e jovial, tabelada em R$330 mil. Como a picape, atualmente, é responsável por 48% das vendas da Mitsubishi no Brasil, a marca pretende mantê-la como negócio interessante.
Ela é classificada como a “única picape de tecnologia japonesa fabricada no Brasil”, e tem origem em um projeto totalmente novo, feito em parceria com a Renault-Nissan. Essa sexta geração da Triton veio ao mundo pela primeira vez em meados de 2023, e servirá como base para a próxima geração da Nissan Frontier. São novos chassi, suspensões, motor e calibração do câmbio, além, é claro, da carroceria, caçamba e interior.
No geral, a picape da Mitsubishi adota linhas mais agressivas, horizontais e arredondadas, e cresceu 13 cm no entre-eixos, 5 cm na largura, 2 cm no comprimento e 2 cm no curso de suspensões. O novo chassi, batizado de Mega, é considerado como o mais robusto já criado pela marca japonesa em toda a sua história: além de mais leve e resistente, tem um nível de rigidez flexional 60% maior e 40% a mais de rigidez torcional que a base da geração anterior, de acordo com a marca. Também é divulgado um sistema de suspensões mais robusto e confortável, e 1.080 kg de capacidade de carga para todas as versões.
O novo motor é o 4N16 SHP (Super High Power), sucessor do 4N15 que a picape usava até então. É um 2.4 16v, quatro cilindros em linha, com dupla turbina (atende todas as faixas de rotação) e duplo comando variável, rendendo 205 cv de potência com cerca de 48 mkgf de torque. A transmissão segue manual ou automática, ambas de seis marchas, com tração 4×4 e reduzida de série. Apesar de não divulgar dados de desempenho, é esperado um ganho de performance para a picape, afinal são 15 cv a mais de potência e 4 mkgf de torque extras com o novo motor.
A Mitsubishi também não entrou em detalhes quanto aos números de consumo, mesmo afirmando que “seguramente, a Triton 2026 é a picape média mais econômica da categoria”. Sem as médias, fica difícil comprovar, mas é fato que ela continua com 76 litros de capacidade no tanque de combustível. Falando em tanque, a nova Triton também passa adotar um reservatório de aditivo ARLA 32 com 17 litros de capacidade, o que, como afirma a marca, pode render mais de 10 mil km.
Por dentro, a caminhonete de projeto japonês passa a oferecer a nova identidade visual, com linhas horizontais e comandos alinhados, e novos volante, laterais de portas, bancos, instrumentos (mescla tela digital de 7” com ponteiros físicos) e multimídia de 9”. Ainda é destaque o porta-luvas duplo, dividido em dois compartimentos na frente do banco do passageiro dianteiro, além de um melhor acabamento interno (uso de “couro premium” e materiais macios pela cabine), ar-condicionado mais poderoso e bancos que a Mitsubishi considera como “sem dúvidas, os mais confortáveis e ergonômicos da categoria”.
Algumas tecnologias são inéditas, como câmeras 360º, espelhamento de dois smartphones ao mesmo tempo na multimídia, carregador de celular sem fio, seletor de modos de condução com sete ajustes (Normal, Eco, Cascalho, Neve, Lama, Areia e Pedra) e controle de velocidade da ventilação traseira. Vale lembrar, ela usa um sistema parecido com o do Citroën Aircross: não são saídas de ar dedicadas, mas sim uma recirculação forçada do ar liberado pelas saídas do painel.
Não foram divulgados os itens de série da versão GL de entrada, mas a partir da GLS, a picape já traz luzes de neblina, câmera de ré, caçamba com revestimento em spray antiderrapante e antirriscos, parachoques na cor da carroceria, ar-condicionado, ajuste de altura para os bancos dianteiros, direção elétrica, vidros e travas elétricas, retrovisores externos com ajustes elétricos, piloto automático, sensores de chuva e crepuscular, volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade, multimídia de 8” com sistema de som de 4 alto-falantes, sistema Start&Stop, 7 airbags, chave presencial e rodas de liga aro 17.
A Katana, mais cara, recebe retrovisores externos com rebatimento elétrico e desembaçador, monitor de ponto-cego, piloto automático adaptativo (ACC), ar-condicionado digital automático dual zone, ajustes elétricos para o banco do motorista, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, bancos e volante em couro, sistema de som com seis alto-falantes, comutação automática do farol alto, alerta de saída de faixa, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência e rodas de liga aro 18. Todas as versões contam com garantia de cinco anos ou 100 mil km, o que ocorrer primeiro.