(Lançamento) Mercedes-Benz Sprinter elétrica chega líder em autonomia a partir de R$483 mil
Já temos Sprinter elétrica no Brasil. Após algum tempo de ensaio, a Mercedes-Benz eSprinter finalmente chegou ao mercado nacional: importada da Alemanha, ela é a terceira opção de veículos utilitários elétricos no seu segmento, depois da linha E-Transit da Ford e da JAC Sunray EV (E-JV12). Chama a atenção seu preço inicial, R$482.900, inferior ao valor de lançamento da rival da Ford, a autonomia superior à das rivais e a maior oferta de configurações da categoria: versões Truck, Furgão e Vidrado, com PBT de 3,5 ou 4,25 toneladas, e dois entre-eixos.
Visualmente, a linha elétrica é praticamente idêntica a turbodiesel, porém recebe iluminação por LED nos faróis e outro desenho das luzes diurnas (também em LED). Além disso, a enorme estrela de três pontas da marca na grade esconde a porta para recarga, que fica no centro da dianteira. Por dentro, apenas alguns detalhes são diferentes das versões a combustão: há um novo painel de instrumentos, que troca o conta-giros por um econômetro, e a alavanca do freio de mão dá lugar ao botão do sistema eletromecânico.
O motor elétrico é traseiro, localizado na área que a Mercedes chama de “terceiro módulo”: o primeiro engloba as centrais eletrônicas e cabeamento de alta voltagem e fica debaixo do capô, enquanto o segundo consiste nas baterias, instaladas na parte central do chassi, entre as longarinas. Assim como nas versões turbodiesel, a tração é traseira, e para as rodas de trás vão os 200 cv de potência e 40,8 mkgf de torque imediato gerados pelo motor síncrono de imã permanente (PSM), que pesa cerca de 130 kg. A fabricante alemã fala em 1,5 tonelada de capacidade de reboque.
Aliás, a marca oferece duas opções de baterias de tração: 81 ou 113 kWh de capacidade, ambas de lítio-fosfato-ferro (LFP). Só o alcance e recarga da configuração mais poderosa foram divulgados: 478 km pelo ciclo WLTP, o que a coloca na liderança no segmento, e 1h33min para recuperar 70% da carga. A potência máxima de recarga é limitada, apenas 50 kW (a E-Transit suporta até 115), e os carregadores são fornecidos pela WEG e vendidos separadamente. Segundo a Mercedes, porque muitos frotistas já contam com pontos de recarga instalados em suas empresas.
De série, a linha elétrica da Sprinter também oferece alguns itens exclusivos, como alerta de saída de faixa ativo, monitores de ponto-cego, banco do motorista com aquecimento, ar-condicionado digital com modo automático, rebatimento elétrico dos retrovisores, além de seletor de modos de condução (Comfort, Eco e Max Range) e quatro níveis selecionáveis de regeneração de energia.
Também há alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, detector de fadiga do condutor, monitor de pressão dos pneus (TPMS), sensores de chuva e crepuscular, volante multifuncional, piloto automático, faróis de neblina, chave presencial, partida por botão, câmera de ré e, como grande destaque, a multimídia MBUX com comandos de voz (“Hey Mercedes”), sistema igual ao dos carros de passeio da marca. Ainda é possível instalar rodas de liga-leve como opcional.
Vale lembrar que as configurações com PBT (Peso Bruto Total) de até 3,5 toneladas podem ser conduzidas por motoristas com CNH B, a mesma de carros pequenos. As de 4,25 ton. já exigem carteira tipo C. São dois níveis de entre-eixos para os furgões: 3,66 m ou 4,32 m, com volume de carga entre 10,5 m³ e 14 m³. A opção Truck, chassi-cabine, é ideal para personalizações diversas: pode virar desde ambulância, food truck, pet-shop móvel, motorhome, baú refrigerado e por aí vai. A Furgão Vidrado, van com janelas, já almeja o uso no transporte escolar ou fretado, por exemplo.
A nova linha eSprinter chega com revisões gratuitas por 4 anos ou 160 mil km, o que ocorrer primeiro, considerando cada serviço no intervalo de 40 mil km ou 12 meses. Sua garantia é de dois anos, com cobertura especial de oito anos ou 160 mil km para as baterias: nesse período, elas serão substituídas se estiverem com menos de 70% da capacidade de armazenamento original.