(Lançamento) Jeep Commander 2025 troca motor turbodiesel para andar mais e gastar menos

Aos poucos a Stellantis vai abrindo espaço para o seu novo motor turbodiesel, o 2.2 Multijet, sucessor do 2.0 16v presente até então. O último agraciado por essa motorização atualizada é o Jeep Commander Overland, única versão do SUVzão vendida com propulsor a diesel. Ela troca o 2.0 16v pelo mais moderno 2.2 16v, que garante maior potência e torque com menores índices de consumo. O preço subiu cerca de R$4 mil, chegando a R$310 mil. 

Com exceção das novas rodas aro 19 em cinza escuro, o Commander Overland 2.2TD (seu novo nome, substituindo a sigla TD380 4×4) não passou por mudanças estéticas nem na lista de equipamentos, só que agora anda mais e bebe menos. O novo 2.2 turbodiesel é uma atualização do seu antecessor, e segue com cabeçote em alumínio, duplo comando com admissão variável, intercooler, injeção Common Rail de altíssima pressão (2.000 bar), turbo de geometria variável (VGT) e, agora, injeção de ureia para tratar os gases de escape (Arla-32). 

O 2.2 turbodiesel estreia no Commander com a mesmíssima configuração encontrada nas Ram Rampage: 200 cv de potência e quase 46 mkgf de torque, números bem maiores que os do 2.0 turbodiesel (170 cv e 38,7 mkgf). O SUVzão, vendido apenas com sete lugares nessa versão, ficou 2s mais rápido na aceleração de 0 a 100 km/h: baixou de 11,7s para 9,7s. A velocidade máxima cresceu para 205 km/h (eram 197), e o tempo para retomadas de velocidade baixou (6,2s no 60 a 100 km/h e 7,8s no 80 a 120 km/h). Apesar de ter ganhado 35 kg na balança, ele passa a ter uma melhor relação peso X potência (9,7 kg/cv). 

A transmissão automática ainda é a ZF de nove velocidades, que manteve as relações individuais de todas as marchas, porém com relação final de diferencial bem mais longa (de 4,33:1, caiu para 3,13:1). A tração continua sendo 4×4 sob demanda com reduzida, no mesmo pacote oferecido anteriormente. Ainda houve uma redução no consumo, segundo o INMETRO: a média rodoviária passou de 12,9 km/l para 13,4 km/l (continuam 10,3 km/l na cidade). Como o tanque de combustível não diminuiu (61 litros), a autonomia na estrada passa a ser de 817 km (eram cerca de 787 km).  

Pouco foi alterado na mecânica do novo Commander 2.2 turbodiesel: ele passa a receber discos de freio dianteiros maiores, com 330 mm de diâmetro, emprestados da Ram Rampage, enquanto as suspensões independentes nas quatro rodas não tiveram mudanças significativas na calibração. O mesmo vale para os freios traseiros (discos sólidos). A marca continua apostando forte na vocação off-road do modelo, enaltecendo o seletor de tipos de terreno, controle eletrônico de descidas, boa altura livre do solo (21 cm) e ângulos abertos de ataque (26º) e saída (24º).  

Nessa versão Overland turbodiesel, o Commander tem 661 litros de porta-malas quando configurado para cinco pessoas, ou então 233 litros com as três fileiras de bancos erguidas. De série, painel de instrumentos digital com 10,2”, multimídia de 10,1” com conexões sem fio, sistema de som Harman Kardon, teto-solar panorâmico, bancos em couro e camurça, ajustes elétricos para motorista e passageiro dianteiro, conjunto óptico full LED, retrovisor interno fotocrômico, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensores de chuva e crepuscular, tampa do porta-malas com abertura/fechamento elétricos presenciais, 7 airbags e mais. 

O pacote ADAS, com assistentes inteligentes de condução, é de nível 2: traz alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, monitores de ponto-cego, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta de saída de faixa ativo, detector de fadiga do condutor, comutação automática do farol alto e leitor de placas de velocidade. O kit de tecnologias fecha com piloto automático adaptativo (ACC) e sistema de estacionamento semiautônomo (Park Assist). Não há opcionais disponíveis.

O novo Commander Overland 2.2 turbodiesel tem garantia de cinco anos sem limite de quilometragem, e pode ser pintado em seis cores: Branco Polar, Preto Carbon, Prata Billet, Cinza Granite, Azul Jazz e Dourado Barra de Ouro. 

Compass 4×4 turbodiesel sai de linha 

Foto: Jeep/divulgação

Nessa toada de novidades, a Jeep também aproveitou para tirar de linha a última versão 4×4 turbodiesel que restava do SUV médio Compass, a Limited TD350. Vendida por R$252 mil, ela havia sofrido uma redução de R$20 mil no seu preço de tabela com a chegada da linha 2025, em abril do ano passado. Porém, ainda assim, esse “desconto permanente” não ajudou a embalar suas vendas, o que motivou a saída de linha: baixa demanda. Agora, quem quiser Jeep Compass terá que se contentar com o motor 1.3 turboflex, tração dianteira e câmbio automático de seis marchas. 

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Com 23 anos, está envolvido com o meio automotivo desde que se conhece por gente através do pai, Douglas Mendonça. Trabalha oficialmente com carros desde os 17 anos, tendo começado em 2019, mas bem antes disso já ajudava o pai com matérias e outros trabalhos envolvendo carros, veículos, motores, mecânica e por aí vai. No Carros&Garagem produz as avaliações, notícias, coberturas de lançamentos, novidades, segredos e outros, além de produzir fotos, manter a estética, cuidar da diagramação e ilustração de todo o conteúdo do site.