(Lançamento) Fiat Mobi ganha torque e reduz consumo com motor Firefly

Finalmente, o veteraníssimo motor Fire saiu de linha. Isso porque o hatch subcompacto Mobi, último carro equipado com essa família de motores, passa a usar o 1.0 Firefly nas unidades fabricadas em 2025. Essa já era uma troca prevista, assim como o Fiorino que deixou o 1.4 Fire em prol do 1.3 Firefly, afinal a antiga família de motores não estava de acordo com as novas regras do Proconve L8, programa de controle de emissões veiculares.  

A gama de versões do Mobi 1.0 Firefly é a mesma, composta por duas versões: Like, de R$77 mil, e Trekking, de preocupantes R$80 mil. Lembrando que o motor 1.0 Firefly, de três cilindros, já equipou o hatch de entrada de 2016 até 2020 em suas versões mais caras, mas agora volta em definitivo, movendo a linha inteira. 

Foto: Fiat/divulgação

Além do preço R$2 mil mais alto em ambas as versões, o modelo de entrada da Fiat traz também como novidade a direção com assistência elétrica (era hidráulica) e o ajuste de altura da coluna de direção de série (item ausente desde 2023). Também muda a capacidade do seu tanque de combustível, que baixa de 47 para 44 litros, o que ajuda também no peso cerca de 6 kg menor se comparado ao da linha anterior, com motor Fire (agora 955 kg). 

O motor Firefly é o mesmo que está presente no Argo e Cronos, além de Peugeot 208, Citroën Basalt e C3 Hatch, rendendo 71/75 cv de potência com 10,0/10,7 mkgf de torque com gasolina/etanol. Assim, o Mobi ganha 1 cv de potência quando bebe etanol, enquanto a força máxima cresce 10% também com o combustível de cana. O tempo de aceleração baixou em torno de 1,0s com ambos os combustíveis (13,8s nas melhores condições), e o hatch teve sua velocidade máxima aumentada em até 12 km/h (164 km/h nas melhores condições).  

Foto: Fiat/divulgação

O câmbio continua com cinco marchas manuais, porém com novas relações: a 5ª e o diferencial foram encurtados, enquanto 1ª, 2ª, 3ª e 4ª seguem os mesmos números de quanto usava motor Fire. Com relação aos antigos Mobi Firefly, que duraram até 2020, essa transmissão teve a 2ª e 3ª velocidades encurtadas, e a 5ª alongada. 

Enquanto isso, o motor Firefly, com concepção inteira em alumínio (mais leve que o bloco de ferro fundido do Fire), ainda garantiu melhores marcas de consumo ao subcompacto: segundo o INMETRO, com gasolina, 14,0 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada (eram 13,5 km/l e 15,0 km/l, respectivamente), enquanto com etanol as marcas são de 9,8 km/l no ciclo urbano e 10,6 km/l no rodoviário (eram 9,6 e 10,4, na ordem). Ainda assim, o alcance está menor, já que o tanque diminuiu: 665 km com gasolina na estrada, versus 705 do Fire nas mesmas condições. 

O pacote de equipamentos, com exceção da troca da assistência de direção e adição do ajuste da coluna de direção, continua igual: a versão Like, de entrada, oferece ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricas, limpador e desembaçador traseiros, sensor de temperatura externa, monitor de pressão dos pneus (TPMS), rodas de aço com calotas aro 14, controles eletrônicos de estabilidade (ESP) e tração (TC), assistente de partida em rampas (Hill Holder), além do airbag duplo frontal e dos freios ABS.  

Foto: Fiat/divulgação

A versão Trekking, R$3 mil mais cara, é mais recheada: além dos adesivos especiais pela carroceria, traz calotas pintadas de cinza, multimídia de 7” com conexões sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, sistema de som com seis alto-falantes, porta USB para recarga de celular, volante multifuncional, chave com telecomandos, maçanetas pintadas na cor da carroceria, capas dos retrovisores em preto brilhante, barras de teto, console de teto com espelho-vigia para o banco traseiro e por aí vai. Ela também é a única a oferecer opcionais: rodas de liga-leve e retrovisores elétricos, num pacote único chamado de Style (R$2.300).  

Mobi Trekking com o pacote opcional Style (Foto: Lucca Mendonça)

O hatch com “novo” motor, que deve chegar em breve às concessionárias da Fiat, pode ser pintado em cinco cores: Preto Vulcano, Branco Banchisa, Prata Bari, Cinza Silverstone e Vermelho Montecarlo. A garantia de fábrica é de três anos, sem limite de quilometragem.  

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Com 23 anos, está envolvido com o meio automotivo desde que se conhece por gente através do pai, Douglas Mendonça. Trabalha oficialmente com carros desde os 17 anos, tendo começado em 2019, mas bem antes disso já ajudava o pai com matérias e outros trabalhos envolvendo carros, veículos, motores, mecânica e por aí vai. No Carros&Garagem produz as avaliações, notícias, coberturas de lançamentos, novidades, segredos e outros, além de produzir fotos, manter a estética, cuidar da diagramação e ilustração de todo o conteúdo do site.