(Lançamento) Citroën Jumpy, Peugeot Expert e Fiat Scudo trocam (mais uma vez) de motor


A trinca de furgões da Stellantis mal “esfriou” as novidades recebidas na linha 2025 (novo design e equipamentos inéditos) e já passa por mais mudanças. Citroën Jumpy, Peugeot Expert e Fiat Scudo, irmãos praticamente gêmeos, trocam de motorização a diesel por conta das novas regras do Proconve L8: sai o 1.5 16v e entra o 2.2 16v. Apesar de maior, o 2.2 consegue se adequar às novas leis de emissões de poluentes, coisa que o 1.5 não fazia.

Tirando o Scudo que já nasceu com o 1.5, Expert e Jumpy passam pela sua terceira troca de motor no mercado nacional: do lançamento em 2017 até meados de 2022, traziam um 1.6 16v, que deu lugar ao 1.5 16v presente até o final de 2024. Quem chega agora é o mesmo 2.2 16v que despontou na Ram Rampage: ele é um Multijet II, evolução do 2.0 que equipou desde Fiat Toro até Jeep Commander. Porém, ao invés de vir com 200 cv de potência como nas Ram, nesses furgões o 2.2 turbodiesel é calibrado para 150 cv, com torque de 37,7 mkgf (são 46 na Rampage).

Ainda associado ao câmbio manual de seis marchas nos três furgões, o 2.2 garante melhor performance frente ao 1.5 16v, que tinha 120 cv (30 a menos) e 30,5 mkgf de torque (cerca de 7 a menos). Curiosamente, os modelos ficaram um pouco mais lentos com o novo motor turbodiesel (o tempo da aceleração de 0 a 100 km/h declarada subiu de 12,5s para 13,1s), porém ganharam 20 km/h extras na velocidade máxima (de 160 para 180 km/h). As fabricantes também anunciam tempos bem menores nas retomadas de velocidade: são, em média, 2 segundos a menos para ir de 60 a 100 km/h (7,5s) e de 80 a 100 km/h (10,9s).

O consumo de combustível também foi beneficiado e está menor: os utilitários 2.2 turbodiesel conseguem ser 4% mais econômicos na cidade e 15% na estrada se comparados com os anteriores 1.5. De acordo com o INMETRO, os números agora são de 12,4 km/l no ciclo urbano e 13,7 km/l no rodoviário, fazendo com que a autonomia máxima suba de pouco menos de 870 km para quase 960 km, já que foram mantidos os 70 litros no tanque.

Jumpy, Expert e Scudo ficaram cerca de 40 kg mais pesados com o novo motor (1.815 no total), conservando 1.450 kg de capacidade de carga e 6,1 m³ (6.100 litros) de espaço no baú. O acesso ao compartimento é feito pela porta corrediça lateral ou pelas duas portas traseiras, que se abrem em até 180º. Não há novidades nas suspensões independentes nas quatro rodas, nem nos freios a disco em todas as rodas. Curiosamente, analisando a ficha técnica dos modelos, volta a constar a direção eletro-hidráulica, assistência que os modelos haviam trocado pela 100% elétrica na última reestilização. Retrocesso ou erro de informação?
Os furgões também são bem equipados, trazendo ar-condicionado, direção assistida, sensores de estacionamento traseiros, sensores de chuva e crepuscular, piloto automático com limitador de velocidade, vidros e travas elétricas, retrovisores elétricos, computador de bordo, painel de instrumentos digital, volante multifuncional, rádio com tela touch de 5”, volante com ajustes de altura e profundidade etc. O pacote de itens é igual para os três, que podem ser conduzidos por motoristas com CNH B (mesma de carros pequenos).
Apenas a Citroën divulgou os preços da novidade: R$220 mil pela versão furgão fechada e R$226 mil pela furgão vidrada, aumento de R$8 mil em cada uma. Peugeot e Fiat não falaram em valores, porém, como o trio custa exatamente o mesmo preço, é esperado o mesmo encarecimento na tabela deles.