(Lançamento) Chevrolet Tracker e Montana ganham potência e melhoram consumo na linha 2025
A Chevrolet confirmou as mudanças na motorização de Tracker e Montana para 2025, conforme a imprensa já estava especulando. Ao que tudo indica, nada muda nos preços, versões ou conteúdos de série do SUV e da picape: ambos são oferecidos na versão de entrada sem nome (R$120 mil no SUV e R$130,3 mil na picape), na versão LT (R$142 mil e R$137 mil, na ordem), LTZ (R$157,3 mil e R$150,7 mil), Premier (R$176 mil e R$159,4 mil) e RS (R$176 mil pelo Tracker e R$162,7 mil pela Montana).
O que muda é a configuração dos motores que movem os dois modelos, tanto 1.0 turboflex quanto 1.2 turboflex, que estão mais econômicos, melhores de performance e menos poluidores. Ambos, bastante parecidos e integrantes da família CSS Prime, ganham injeção direta de combustível e passam por atualizações de software. O motivo? As mais novas leis de emissões de poluentes do Proconve, integrantes da primeira fase do L8, que passam a valer no dia 1 de janeiro de 2025.
Com isso, o 1.0 turboflex, com três cilindros, duplo comando variável e agora injeção direta, ganha potência e torque. Dos 116 cv originais, com ambos os combustíveis, o maior ganho ficou para a calibração a etanol, que chega aos 121 cv, ou 5 cv extras. Com gasolina, passam a ser 117 cv, ou 1 a mais. O torque, até então de 16,3 mkgf com gasolina ou 16,8 mkgf com etanol, está cerca de 12,4% maior: passam a ser relevantes 18,3 mkgf com o combustível fóssil, ou 18,9 mkgf com o derivado da cana.
Na prática, a Chevrolet indica que o Tracker 1.0 turboflex baixou quase 1 segundo no seu tempo de aceleração de 0 a 100 km/h: de 11,8s originais, agora são 10,9s, considerando etanol nos dois casos. O SUV 1.0 turboflex também passa a beber até 9% menos combustível, segundo dados oficiais: com gasolina, passam a ser 11,6 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada (eram 11,2 e 13,6, na ordem), enquanto os novos números com etanol são de 8,0 km/l urbano e 9,8 km/l rodoviário (eram 7,8 e 9,6, respectivamente).
O 1.2 turboflex, quase “irmão-gêmeo” do 1.0, foi outro com melhorias importantes. Dos 132/133 cv de potência e 19,4/21,4 mkgf de torque (gasolina/etanol), ele passa a entregar 139/141 cv com 22,4/22,9 mkgf. Além de ultrapassar a barreira dos 140 cv, ele elimina o conhecido “problema” da tremenda diferença de força entre os dois combustíveis, que era de importantes 2 mkgf. No total, a Chevrolet fala em até 6,3% de melhora na potência e 15,4% a mais de torque nas melhores condições.
No caso da aceleração de 0 a 100 km/h da Montana 1.2, ela está 0,8s mais rápida na versão manual, ou 0,6s melhor nas automáticas (0 a 100 em 10,9s na primeira ou 9,5s na segunda). O consumo não foi tão agraciado assim: a melhor evolução foi nas versões automáticas com etanol na rodovia, com média 4,3% melhor (subiu de 9,3 para 9,7 km/l). As demais medições seguem parecidas: abastecida com etanol e com câmbio manual, 8,4 km/l na cidade e 9,7 km na estrada (7,5 e 9,7 km/l quando automática), enquanto com gasolina são 12,3 km/l urbano e 13,7 km/l rodoviário na versão manual (ou 11,0 e 13,5 km/l nas automáticas, na ordem).
O Tracker, sempre equipado com transmissão automática, se saiu melhor com a nova calibração do 1.2 turboflex. De acordo com a fabricante, ele está até 12,6% mais rápido: o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h caiu de 11,1s para 9,7s (melhora de 1,4s), e seu consumo foi reduzido em até 9%. As médias agora são de 7,7 km/l na cidade e 10,0 km/l na estrada com etanol (eram 7,2 e 9,2 km/l), ou então 11,2 km/l urbano e 14,1 km/l rodoviário com gasolina (na ordem, eram 10,4 e 13,2 km/l até então). Com isso, o SUV passa a ter autonomia um pouco melhor, chegando aos 620 km nas melhores condições, com gasolina no ciclo rodoviário (eram 580).
A fabricante não entrou em detalhes sobre alguns detalhes técnicos: além das velocidades máximas de Tracker e Montana, não informaram se a capacidade do tanque de ambos continua com os limitados 44 litros, nem se houve mudanças nas relações das marchas das transmissões (manual ou automática na picape, ou só automática no SUV). Também segue em segredo a pressão de operação do novo sistema de injeção direta de combustível.
Ainda assim, a Chevrolet adiantou que essas novas configurações dos motores CSS Prime, fabricados em Joinville (SC), já começam a equipar os Tracker e Montana fabricados nesse final de ano. A marca também aproveitou para fazer algumas comparações com os novos números: o 1.0 turboflex passa a render exatamente a mesma potência do 2.0 8v do esportivo Kadett GSI dos anos 90, ao passo que o 1.2 turboflex agora chega ao nível de torque do 2.4 16v que equipava os Vectra a partir de 2005.