Carros com purificador de ar: função mais útil do que você imagina
Os carros têm cada vez mais sensores, medidores e radares eletrônicos. Alguns inúteis, que só servem para atrapalhar ou dificultar uma ação que antes era simples. Mas, outros realmente fazem a diferença, a exemplo de um alerta de colisão ou de um sistema de frenagem autônoma de emergência, que “salvam” carro e seu dono de vários acidentes pelo mundo diariamente. Nesse time de tecnologias práticas, uma delas é o purificador de cabine, daqueles que mede o nível de PM 2,5.
PM é o nome abreviado para “Particulate Matter”. É mais fácil de explicar assim: são partículas inaláveis bem finas, daquelas provindas dos mais diversos tipos de combustão, desde incêndios, cigarro aceso ou gases de escape, ou então da poeira de obras, terra ou fuligem. Também entram nessa lista as partículas de pólen da natureza. Basicamente, é a forma “física” da poluição do ar, que tanto faz mal para quem é vivo e respira. Quem já andou de vidro aberto numa estrada de terra, ou passou do lado de um caminhão fumacento, sabe bem do que se trata.
O tal sistema de purificação é composto basicamente por um filtro de ar especial para a cabine do carro, que retém essas minúsculas partículas, evitando que elas cheguem no nariz ou boca dos passageiros. A meta é deixar o interior do carro mais respirável, limpo e saudável. Dependendo, até cheiroso, já que o aparato também consegue remover alguns gases e partículas que cheirem mal. Sim, “peido” e outros odores ruins podem ser inibidos.
Quem faz esse controle de qualidade do ar dentro do carro é um sensor óptico, que inclusive costuma mostrar seus dados na central multimídia, comparando com o nível do ar exterior, como nos BYD e dos Volvo. Caso a concentração de PM 2,5 na cabine seja muito alta, a entrada de ar externo é fechada e a recirculação do ar-condicionado é ligada automaticamente. Assim, o “ar sujo” acaba passando pelo filtro e retorna limpo no habitáculo dos ocupantes.
Em alguns casos, especialmente nos BYD, a tecnologia pode tentar “impedir” motorista e passageiros de fumarem no interior do veículo. Ao acender um cigarro a bordo de um dos carros da marca chinesa equipados com a tecnologia, o sensor rapidamente detecta que o ar interno ficou poluído. Logo toma providências práticas: sozinho, fecha os vidros (e também teto-solar elétrico, se estiver aberto) e ativa o ar-condicionado automático no modo de recirculação. Isso até a qualidade do ar voltar aos níveis aceitáveis, ou até o motorista reverter toda essa operação manualmente.
Já nos Volvo mais modernos, como EX30, dá também para ativar a filtragem do ar e a purificação da cabine à distância, pelo celular. Cai muito bem nas situações de o carro estar estacionado num lugar poluído, com muita poeira ou gases de escape, permitindo uma “preparação” do ambiente para o embarque dos passageiros. É o chamado Advanced Air Cleaner, que, na época da sua criação em 2020, prometia segurar até 95% das partículas PM 2,5 no filtro de ar especial dos Volvo. A marca sueca, aliás, diz que foi pioneira mundial em trazer esse controle de qualidade do ar interno e externo nos automóveis.
Claro, quem não gosta pode simplesmente ignorar, ou mesmo desativar o sistema, que até deixa de mostrar na tela multimídia as medições de PM. Mas, para quem tem problemas respiratórios como asma, ou simplesmente sofre com alergias a algumas partículas que circulam com o ar, com certeza essa é uma das melhores funcionalidades de alguns carros modernos…